NARCOTRÁFICO: DO VAREJO AO ATACADO, NADA DE BRAÇADA NAS FRONTEIRAS

La Ventana, BOLÍVIA – Agentes policiais e de Justiça do lado brasileiro ao que parece ainda não dispõem da estrutura da infra-estrutura adequada e reclamada para agir com “mão de ferro” nos mais de 12,5 mil quilômetros de fronteira com os habituais vizinhos acusados supostamente em exportar drogas, agrotóxicos, importados asiáticos e homiziarem nacionais ilegais.

Diferentemente dos Estados Unidos e Europa, respectivamente, as fronteiras nacionais ainda são as preferidas a qualquer tipo de operação ilegal cujas infiltrações a cargo de narcotraficantes, contrabandistas, coyotes, escravagistas de mulheres e tráfego formiguinha de combustíveis, principalmente, entre as fronteiras do País com a Bolívia, Peru, Paraguai, Colômbia, Venezuela e as Guianas Francesa, Holandesa e Inglesa.

Nativos com tendência para o eixo religioso e político tradicional ao logo das cidades de Cabixi, Costa Marques a Pimenteiras do Oeste, ainda mostram-se céticos se o sistema de proteção e vigilância das divisas fronteiriças brasileiras para o combate eficaz ao narcotráfico e ao contrabando de mercadorias, combustíveis, bebidas e cigarros paraguaio para o lado brasileiro.

O diferente por aqui, é que a maioria dos grupos que atuariam nos dois lados das fronteiras do Brasil com seus vizinhos, é que nem mesmo no tempo do presidente norte-americano George W. Bush, agentes do DEA e da NSA do Ministério da Justiça e Departamento de Estado, “nem com eles os corredores usados pelo NARCO foram destruídos”, afirmam os nativos.

À época, os agentes secretos norte-americanos eram vistos em quase todos os bunkers, entre Províncias (Municípios) e Departamentos (Estados) espalhados pelo território boliviano e peruano. “Os agentes ouviam tudo atentamente”, pagavam por informações sobre o paradeiro dos chefes do tráfico e dos barões da cocaína, armas e munições, revela um velho agente da Aduana (alfândega).

  • A fragilidade é tanta na fiscalização que por aqui, de La Ventana, se sabe até os horários em que os agentes brasileiros fariam o monitoramento com base nos dados enviados pelo satélite, ressaltou a fonte.

Não é de hoje que os corredores do tráfico da Amazônia não são combatidos, plenamente. As “estórias ou fantasias” em torno da suposta ausência do Estado Brasileiro nas fronteiras com os vizinhos Paraguai, Bolívia, Peru e Colômbia, só não passam ao largo por conta e risco da instalação da Base Anzol da Polícia Federal no entorno da cidade de Tefé (AM), admitem analistas.

Diz a lenda das apreensões de drogas, desde a “Era Pablo Escobar”, passando pelos ciclos sob o comando dos colombianos “Camilo”, “Ramirez” e “Abadia”, no Brasil, especialmente, em Rondônia, “as fronteiras nunca estiveram tão escancaradas”. Mesmo a despeito do aumento do fechamento em série de bases de fiscalização e observação da Polícia Federal na Amazônia Ocidental Brasileira, reafirmaram eles.

O governo brasileiro, desde as gestões Fernando Collor de Melo, Fernando Henrique Cardoso, Lula, Dilma e Michel Temer, “que a Polícia Federal sofreria um verdadeiro desmonte”. A começar pelasquestões salariais, extinção de bases na Amazônia, além da falta de domestificação da ainda melhor e mais bem preparada Polícia de Estado da America Latina”, reconhecem os mesmos analistas consultados por este site de notícias.

A falta de investimentos físicos e financeiros para implemento imediato de novas bases operacionais, sobretudo nos estados de Mato Grosso, Rondônia, Acre, Pará, Amapá, Amazonas e Roraima, “possibilitaria à PF, PRF e Receita Federal, melhor e maior infra-estrutura ao combate no front do narcotráfico e até mesmo ao tráfico formiguinha de drogas que não só a cocaína, ao contrabando de bebidas, armas e munições de uso exclusivo das Forças Armadas”, pontuaram os consultores.

A baixa cultura de valor às informações dadas de graça aos órgãos de inteligência do Brasil por cidadãos comuns, a maioria com dupla nacionalidade, faz com que “as polícias de fronteira” ao recebê-las tentem incriminá-los durante o processo de entrega das fitas contra os atores do narcotráfico e do contrabando no viés das divisas fronteiriças com o País.

As fontes disseram ainda que parte das agências de inteligência civil e militar do outro lado da fronteira “pouco fazem ou nada fazem” quanto ao controle de acesso para o lado brasileiro, tanto pelo Paraguai, Bolívia, Peru, Colônia, Guianas (Inglesa, Holandesa e Francesa) e na divisa com a Venezuela.

Ao contrário da forma de atuarem dass agências de inteligência norte-americanas na região das Amazônias e países andinos. Segundo parte de um grupo ex-agentes da Guardia Nacionale da Bolívia (Madre Dios e Santa Cruz de La Sierra), “a fragilidade das agências civis e militares brasileiras começaria pela falta de infiltração física” nos grotões das fronteiras.

  • Para conter o narcotráfico, o tráfico formiguinha de combustível e o varejo de produtos contrabandeados, munições e armas pelas fronteiras, é preciso que o novo governo brasileiro avalie muito atentamente os sinais dos avanços das quadrilhas, tanto no varejo quanto no atacado, a fim de tomar suas melhores decisões na política de inteligência efetiva para o País, arremataram as fontes.

No lado brasileiro, agentes da saúde, educação e da segurança estadual e municipal instados pela Reportagem admitem, no entanto, as prisões de Fernandinho Beira-Mar, Marcola (líder supremo do PCC), Marcinho VP ou de outras arraias-miúdas do narcotráfico nacional, “não é um mais um grande motivo para que o governo não invista pesado nas suas agências de inteligência”.

  • De quando em vez, se sabe de prisões isoladas de varejistas do tráfico formiguinha, mas as grandes lideranças continuam invisíveis dentro do sistema político e policial, afirma este Repórter, agora, com mais de 42 anos de atuação na Sudamerica e, especialmente, nas Amazônias e Países Andinos.

Fonte: Xico Nery – News Rondônia