Desde o início do mês, posições que esperam valorização da moeda americano frente à brasileira cresceram R$ 5 bilhões
Altamiro Silva Junior – O Estado de S.Paulo11 de novembro de 2019 | 17h13
Investidores estrangeiros voltaram a aumentar apostas contra o real no mercado futuro de moedas da B3, a Bolsa local. Somente na sexta-feira, 8, eles elevaram em US$ 763 milhões as posições compradas em dólar futuro, operações que ganham com a valorização da moeda americana, de acordo com a corretora Renascença. Desde o início do mês, estas posições cresceram US$ 5 bilhões, segundo dados da bolsa paulista coletados pela corretora.
Desde o início do mês, posições que esperam valorização da moeda americano frente à brasileira cresceram R$ 5 bilhões Foto: Reuters
Ao mesmo tempo, fundos brasileiros estão reduzindo suas posições vendidas na moeda americana, que ganham com a queda do dólar, ou seja, uma sinalização que não veem espaço para o dólar cair pela frente. Na sexta, eles diminuíram estas apostas em US$ 570 milhões. Desde o começo do mês, cortaram em US$ 3 bilhões.
Os dados da B3 mostram que os estrangeiros estavam reduzindo as apostas compradas em dólar futuro e cupom cambial (DDI) nas semanas finais de outubro, na expectativa de entradas fortes de dólar por conta dos megaleilões de pré-sal. Mas a frustração com o apetite do investidor no leilão e os recentes eventos, que incluem a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de não permitir a prisão em segunda instância e consequente soltura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, provocaram uma recomposição dessas posições, ressaltam operadores.
No dia 30 do mês passado, as posições compradas (dólar futuro e DDI) de estrangeiros caíram para o menor nível em vários meses, a US$ 29,6 bilhões. Mas na sexta-feira, já estavam em US$ 34,5 bilhões, voltando para os níveis mais altos desde 20 de setembro.
Os fundos nacionais tinham na sexta-feira posição vendida de US$ 2,1 bilhões, bem menor que no dia 30 de outubro, quando atingiram o maior nível dos últimos meses, chegando a US$ 5,4 bilhões.Folha