Na Bahia criador aplica técnica sul-mato-grossense e bezerros chegam a 280 kg
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Depois de conferir uma palestra sobre um sistema de manejo criado em Mato Grosso do Sul, o criador Genildo Borges de Santana Filho, conhecido na região por Doutor Alicate, desafiou clima e tecnologias disponíveis, aplicou a técnica em sua propriedade na Bahia e elevou o peso dos seus animais na desmama e a rentabilidade com os abates. “O resultado foi o esperado. Desmamei bezerros acima de 280 quilos e vou abater os mesmos com menos de 20 meses. Ou seja, é totalmente viável a implantação dessa tecnologia”, confirmou Santana Filho, durante o 3º Encontro do Agronegócio em Macarani (BA), neste sábado (2).
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O sistema aplicado foi o Creep Confinatto 3R, desenvolvido em Figueirão (MS) pelo criador Rubens Catenacci, proprietário da Fazenda 3R, que mais uma vez abriu o ciclo de palestras do Encontro do Agronegócio, citando a necessidade de driblar os desafios de cada região brasileira. “A Bahia inteira sofre muito neste momento com a falta de chuvas desde o início deste ano. Isso desanima por completo toda a pecuária, mas é neste momento de crises econômicas e de chuvas que se deve ser criativo e criar oportunidades”.
Para aliviar os impactos da seca no Sudoeste baiano, Catenacci apresentou a experiência da Fazenda 3R, o Sistema Creep Confinatto 3R. “Apartamos os bezerros(as) a partir dos 45 dias de nascido. Esse aparte é feito diariamente, e, por duas horas, esses bezerros são tirados das matrizes e colocados em um cercado com água. Recebem meio quilo de ração por dia, com um investimento de R$180 por bezerro até o desmame”, detalhou o pecuarista.
Durante a palestra, o administrador da Fazenda 3R, Rogério Rosalin, relatou que a primeira apresentação com Rubens Catenacci, aconteceu em Macarani, no ano de 2014, e que após esse marco as portas se abriram, fazendo com que percorressem vários estados brasileiros e outros países. “Mais uma vez retornamos à Macarani com o propósito de mostrar uma tecnologia inovadora e de simples execução. O que tentamos passar é a necessidade de profissionalização da porteira para dentro, que se não ocorrer nos próximos anos, será excluído da atividade. O profissionalismo na pecuária é primordial para obter rentabilidade”, finalizou Rosalin.
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