Mulher acusa atendente de assédio após tomar injeção em farmácia da Capital
Conselho de farmácia orienta caso
Anny Malagolini
Uma jovem da Capital usou suas redes sociais para denunciar um suposto caso de assédio sexual enfrentado por ela nesse domingo (27), em uma farmácia localizada na avenida Ceará, em Campo Grande, após tomar injeção no glúteo. No relato, a moça que prefere não ser identificada, explica como uma simples solicitação no Facebook pode ser encarada como um constrangimento e alerta.
Ela conta que foi a farmácia e ao chegar no local perguntou se alguma mulher poderia aplicar o medicamento, mas segundo a jovem, um dos atendentes fez questão de lhe atender, e apesar do constrangimento, aceitou em receber a injeção de um homem. “Eu fiquei meio constrangida mas acabei aceitando, pensei: poxa, o cara é profissional, tenho certeza que não vai ter problema”, disse.
“Correu tudo bem, eu paguei a conta e fui embora. Quando já estava no carro lembrei que precisava comprar um remédio e voltei, quando eu perguntei de quantas em quantas horas eu deveria tomar o remédio ele perguntou meu nome, eu respondi, achando que ele ia buscar algum cadastro e então ele perguntou, e eu respondi. Não era para nenhum cadastro, como eu já deveria ter imaginado, ele se apresentou com seu nome completo e deu um sorrisinho. Assim que entrei no carro, meu celular apitou e apareceu: fulano de tal te adicionou no facebook”, relatou.
“O cara que me aplicou um remédio, me adicionou no facebook? Pelo amor de Deus! Vocês, homens, não tem limites para constranger as mulheres. Apenas parem!”, reclama. Após da declaração, o post no Facebook viralizou e recebeu uma chuva de comentários, a maioria de apoia a jovem.
O CRF/MS (Conselho Regional de Farmácia) orienta que, caso o paciente perceba alguma forma de desvio na conduta ética do profissional ou se sentido constrangida de alguma maneira, poderá fazer uma denúncia junto ao CRF, que irá apurar o caso, podendo acarretar na instauração de um processo ético-disciplinar.
É possível fazer denúncia pelo site do CRF/MS: http://www.crfms.org.br/denuncia
A reportagem procurou a assessoria de imprensa da farmácia para comentar o caso, mas até o fechamento dessa matéria não obteve resposta.midiamax