Quinto maior produtor de milho do Brasil, com mais de 12 milhões de toneladas colhidas em 2019, 2º maior produtor de eucalipto e celulose do País, 4º maior produtor de soja e 1º exportador nacional de tilápias. Todos estes números colocam o Mato Grosso do Sul como a “bola da vez” no crescimento da economia nacional em 2020. No entanto para atingir esta meta, o Estado vai focar na agregação de valor as matérias-primas como grãos e carne e ainda na sustentabilidade A afirmação é do secretário de Estado de Produção e Meio Ambiente Jaime Verruck que faz uma previsão sobre a economia estadual para este ano.
“Nos grãos, MS é o 5º na produção de milho e o 4º de soja. No eucalipto somos o segundo em produção e celulose também. Somos ainda o maior exportador de tilápias do País. São coisas que começam a aparecer. Temos avicultura e suinocultura fortes. Com a suinocultora em destaque e na expectativa de mais de R$ 1 bilhão de investimentos neste ano. Ou seja, então existe uma diversificação da base produtiva muito rápida e muito importante com alto nível de tecnologia no Estado” analisou.
Para o secretário, atualmente Mato Grosso do Sul tem um cenário de produção pronto, mas precisa avançar na sustentabilidade e na valorização dos seus produtos. “Com esperança de retomada na economia nacional, prevemos um grande avanço em MS tanto na produção como em todas as atividades. O Estado está se posicionando como líder nacional produtivo moderno e com conceito de sustentabilidade”, acrescentou.
Verruck afirma que Mato Grosso do Sul passa hoje por uma grande transformação do agronegócio, principalmente na substituição de pastagem por agricultura. “Tivemos municípios que não eram agrícolas e estão mudando o perfil. Na Costa leste, por exemplo onde tinha pasto entraram com a produção de soja. Então a mudança na estrutura produtiva do Estado foi fundamental”, destacou ele.
O crescimento recorde na produção de soja e recorde na safra de milho, tudo isso representa avanço do agronegócio estadual, na opinião do secretário que lembra no entanto que agora o Estado quer mudar o perfil produtivo. “Agora nosso foco é agregação de valores. Neste momento estamos buscando empresas de etanol de milho, buscando expansão na área de cana, nova indústria de celulose”, explicou o titular da Semagro.
Um exemplo desta transformação é o aumento nos pedidos de infraestrutura no setor produtivo. “Agregação de valor à produção tem mudado muito o perfil do agro sul-mato-grossense e nos demandado muito no setor de infraestrutura. Hoje os pedidos de pontes e estradas acontecem praticamente todos os dias em função da própria expansão agrícola. Agora é o próprio mercado a própria expansão que tem demandado. Para isso temos uma serie de politicas agrícolas. Elas vão de incentivos na área de produção de soja, carne sustentável, carne de baixo carbono”, garantiu.
Mercados – O Estado também busca ampliar seu espaço no mercado internacional. “MS é um grande exportador. Hoje 50% do que produzimos vai para China, em segundo lugar o Japão com interesse no milho, e depois Celulose para EUA. A Argentina vem em quarto lugar mas deveremos ampliar estas vendas. Em breve a gente espera retornar com a Argentina como um grande parceiro do MS principalmente para incentivar a hidrovia”, salientou.
Industrialização
Do ponto de vista de industrialização a celulose ainda é o carro chefe, segundo Verruck, mas a ideia do Governo é estender isso as demais commodities. “A celulose na verdade é a grande produção industrializada do Estado. Mas nossa ideia é agregar valor a soja e milho também. Eu quero exportar farelo e carne. Nosso grande foco é que a gente amplie a nossa participação na exportação de carne bovina, na carne de aves e suína. Para isso tivemos ainda em 2019 alguns credenciamentos de mercado para China mas a gente pensa em novos mercados , temo s Índia com taxa de crescimento similar Paquistão, Vietnã. Então nós temos um trabalho muito forte de abertura de novos mercados, exatamente para potencializar e usar adequadamente a própria rota bioceânica”, acrescentou.
Neste ano, Mato Grosso do Sul tende a se posicionar a médio prazo como exportador de celulose (92? produção é exportada) e principalmente nas carnes. “Nosso foco é sair da commoditie de soja e milho e ir exatamente para a carne. Mas para isso precisamos de produção adequada e sustentável, frigoríficos credenciados adequados para isso e logística. Estes são os pontos fundamentais para que MS seja exatamente referência mundial na exportação de carne”, finalizou.
Fonte: Rosana Siqueira/ Campo Grande News