Falta de chuva durante o cultivo castigou lavouras, segundo levantamento divulgado hoje pela Aprosoja
Segunda safra de milho foi castigada pela falta de chuva e quebra chegou a 25% (Foto: Eliel Oliveira)
A falta de chuva durante o plantio causou quebra de 25% na segunda safra de milho em Mato Grosso do Sul, segundo levantamento divulgado hoje (28) pela Aprosoja (Associação de Produtores de Soja).
A estiagem reduziu consideravelmente a produtividade e Mato Grosso do Sul produziu 7,8 milhões de toneladas de milho 2ª safra 2017/2018, com média de 70,13 sacas/ hectare. Na safra 2016/2017, o estado produziu 9,8 milhões de toneladas de milho, com média de 98,3 sacas por hectare.
O balanço da safrinha foi apresentado pelo vice-presidente da Aprosoja, André Dobashi, durante o lançamento da 23ª edição do Showtec, que acontece de 16 a 18 de janeiro de 2019.
“Os projetos de atuação da Aprosoja, como Siga/MS e Soja Plus, estão aí para evidenciar nossos dados. Mesmo em um ano ruim, atingimos 70 sacas de média no milho. Enfrentamos quase 50 dias de seca, justo no momento crítico, reprodutivo da planta. Isso mostra que superamos um desafio, o de empregar tecnologias em um ano ruim”, afirmou Dobashi.
Os dados do Siga/MS (Sistema de Informação Geográfica do Agronegócio), entregues pelo presidente da Aprosoja Juliano Schmaedecke à Secretaria Estadual de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar, mostram que apesar da queda, os números ficaram acima do esperado.
Com a quebra de safra, a expectativa da Aprosoja era colher 66 sacas por hectare, mas o uso de tecnologia na agricultura diminuiu os impactos da estiagem.
“Percebemos que os investimentos feitos pelos produtores nos últimos dez anos, em fertilidade e genética, asseguraram um bom resultado mesmo com as condições climáticas complicadas”, explica Juliano.
A área plantada com milho safrinha se manteve em 1,8 milhão de hectares em Mato Grosso do Sul. Para acompanhar a safra, técnicos do Siga visitaram 2.978 propriedades que cultivaram milho. Ocorreram variações na produtividade de determinadas regiões, sendo 118,4 sacas por hectares a maior registrada.
O secretário da Semagro Jaime Verruck ressaltou que o governo do Estado tem o papel de fomentar a pesquisa voltada para a agricultura, que garante maior rentabilidade para o produtor. “O milho representa uma importante commodity para MS, tanto no mercado interno quanto externo e apesar das condições climáticas, estamos tendo resultados positivos”.
Segundo a Aprosoja, a saca de 60 quilos de milho está sendo comercializada a R$ 29 em média em Mato Grosso do Sul, abaixo do pico de R$ 32, mas acima da média de 2017. A Granos Corretora informa que 55% da safra estadual já foi comercializada.
Fonte: Helio de Freitas/Campo Grandenews