afirma que a principal e mais efetiva medida para evitar a contaminação pela nova variante é imunizar a população o quanto antes. “Vacinar todo mundo. Essa é a medida que nós iremos tomar, continuar avançando na imunização”, diz Resende.
O titular da SES ressalta que o estudo que está sendo realizado na fronteira e que irá vacinar toda a população adulta em 13 municípios já traz um avanço para Mato Grosso do Sul e vantagem sobre os outros estados. Ele citou que o Estado já tem remanejado doses que devem sobrar nas cidades contempladas pelo estudo.
“Estamos crescendo e imunizando boa parcela da população, temos municípios terminando a vacinação em toda a população, acima de 18 anos. Acredito que com isso, vamos impedir o avanço desta variante aqui no Estado”, explica.
Atualmente, 47,44% da população sul-mato-grossense já tomou pelo menos a primeira dose da vacina contra o coronavírus. Os cidadãos imunizados, ou seja, que receberam a segunda dose, representam 22,29% da população em MS.
Para Geraldo Resende, quando a nova variante chegar a Mato Grosso do Sul, a expectativa é que boa parte da população já esteja vacinada. “O processo está tão avançado que, com a possibilidade da variante entrar, poderá encontrar uma população imunizada, já com percentual acima de vacinados acima dos 60%, a chamada imunidade coletiva”.
Vacinação é a saída
Mato Grosso do Sul tem passado por queda de casos, internações e óbitos. Porém, o cenário pode mudar completamente caso a variante delta chegue ao Estado. Em entrevista ao Jornal Midiamax, o médico infectologista e pesquisador da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), Júlio Croda, disse que há a preocupação da variante delta, que já teve os primeiros casos confirmados no Brasil. A variante é, pelo menos, 2 vezes mais transmissível do que a P1 (Gama) e, consequentemente, mais letal.
“Se a variante [Delta] se tornar predominante [pode ter aumento de casos], pois não temos a cobertura vacinal alta, em torno de 70% a 90% [com as duas doses]. Somente com a cobertura de vacinados alta que vamos ter tranquilidade para enfrentar a nova variante”, observou.
Chamada de delta, a variante B.1.617 teve origem na Índia. Na Inglaterra, estudos comprovaram que ela se tornou 60% mais contagiosa que a cepa britânica, a alfa. Mas isso não significa que irá ocorrer o mesmo no Brasil. Depende de como vai se comportar diante da variante que mais circula e mais contamina no momento, a de Manaus, também chamada P.1.
Atenção ao uso de máscaras
Diante do risco da chegada de uma nova variante, é importante manter as medidas recomendadas pelas autoridades de saúde. Isolamento social, evitar aglomerações, utilizar máscaras e manter a higiene são as principais recomendações. Atualmente, a máscara considerada mais segura contra o coronavírus é a PFF2. Estudos apontam que as máscaras N95 ou PFF2 oferecem mais proteção e devem ser priorizadas em situações de risco.
Mas, afinal, devo deixar minha máscara de tecido de lado? As máscaras de pano têm elementos filtrantes limitados, elas funcionam para impedir a entrada do vírus por gotículas, desde que essa máscara esteja seca, cobrindo nariz e boca. Desta forma, as máscaras PFF2 e cirúrgicas são superiores na sua eficácia, já que é eficaz para pequenas partículas, denominadas aerossóis. Contudo, é importante ressaltar que as máscaras funcionam como barreira física, então seja de tecido ou as profissionais, o importante é utilizá-las.
MIDIAMAX