O Sistema Famasul – Federação da Agricultura e Pecuária de MS realizará, no dia 21 novembro, o MS Agro 2018. O evento será realizado no auditório da Casa Rural, em Campo Grande, a partir das 19h e terá como tema ‘Novo governo: Cenários e tendências na política e na economia brasileira’.
O presidente do Sistema Famasul, Mauricio Saito, fará abertura do evento. “O MS Agro tem o papel de discutir os temas mais relevantes para o setor produtivo do estado e do país, sendo que, neste momento, as perspectivas para o segmento e para a economia brasileira se refletem com a expectativa da posse do novo governo”.
Saito lembra que o evento é realizado sempre no mês de novembro em razão de ser um período estratégico para que o produtor tenha mais acesso à informação e às tendências. “Desse modo, é possível planejar seu o trabalho para o próximo ano de forma mais assertiva. Além disso, a escolha dos palestrantes é feita levando em consideração o trânsito e o conhecimento que possuem sobre economia e política, e assim possa ter a perspectiva mais próxima possível da realidade”.
Nesta edição, a primeira palestra será com o cientista político, mestre e doutor pela PUC-SP, professor do Insper e analista político com participação em vários veículos de comunicação, Carlos Melo. O tema de sua apresentação será: ‘Tendências na Política Brasileira sob a ótica do Novo Governo’.
Na sequência, a palestra será do professor da Escola de Economia de São Paulo, da Fundação Getúlio Vargas (FGV EESP), pesquisador do Centro de Agronegócios da FGV (GV Agro) e coordenador dos MBAs em Gestão Estratégica no Agronegócio, Felippe Serigatti, que abordará o tema: ‘Cenários para a Economia Brasileira e para o Agronegócio sob a ótica do Novo Governo’.
“Bom, independente de quem ganhe, é provável que o mercado permaneça nervoso, seja devido aos desafios que o novo presidente enfrentará para colocar a agenda de reformas em prática, seja devido aos ventos ‘desfavoráveis’ vindos do mercado internacional, com especial destaque para a elevação da taxa de juros norte-americana; a situação fiscal italiana; os problemas estruturais enfrentados pela Argentina”, adianta Serigatti.
Ele complementa que todos esses movimentos geram nervosismo no mercado e que isso deverá se refletir em menor estabilidade no mercado cambial. “Nessa direção, seria prudente o produtor adotar uma postura mais cautelosa. Além disso, é importante que o produtor também não mantenha grandes esperanças de que haverá abundância de recursos públicos para as próximas edições do Plano Safra; em outras palavras, terá cada vez mais que buscar mecanismos privados para atender as suas demandas”.
A mediação do debate após a apresentação das palestras será do jornalista William Waack. Ele destaca a importância de um evento como o MS Agro antecipar ao setor produtivo as tendências para o próximo ano. “Faz parte de toda decisão sobre investimento e consumo antecipar possíveis cenários e, especialmente, o impacto dos cenários políticos sobre a atividade econômica em geral e no setor do agronegócio em particular. As principais encruzilhadas que o País enfrenta, começando pela questão do endividamento público (a bomba fiscal) dependem em primeira linha de cenários políticos. Entendê-los e, na medida do possível, antecipar como evoluirão torna-se essencial na tomada de decisões”.
Fonte: Famasul