Motorista invade praia em Copacabana, atropela pedestres e mata bebê
Um motorista invadiu o calçadão e atropelou pedestres na Praia de Copacabana, na Zona Sul do Rio, na noite desta quinta-feira, dia 18 de janeiro. Um bebê de 8 meses morreu e a mãe está internada em estado grave.
Há 16 feridos, segundo a Secretaria Municipal de Saúde. Três deles receberam alta na madrugada desta sexta-feira (19) e treze continuam internados nos hospitais Miguel Couto e Souza Aguiar.
Quatro estão em estado grave, sendo duas crianças e um turista australiano. O homem, de 68 anos, e que não teve a identidade informada, sofreu traumatismo craniano e respira com ajuda de aparelhos.
O motorista foi detido e identificado como Antonio de Almeida Anaquim, de 41 anos. Ele foi levado para a 12ª DP, em Copacabana, e disse que perdeu o controle do carro porque “apagou” após sofrer um ataque epilético.
De acordo com o Departamento de Trânsito do Estado do Rio de Janeiro (Detran-RJ), Anaquim está com a carteira de habilitação suspensa. Ele acumula 62 pontos por infrações e 14 multas nos últimos 5 anos.
O motorista foi encaminhado para o Instituto Médico Legal (IML) e será submetido a exame para detectar a quantidade de álcool no sangue. Segundo o produtor Leslie Leitão, da TV Globo, havia remédios para epilepsia no carro. A TV Globo apurou que Anaquim estava acompanhado de uma mulher que, segundo a polícia, confirmou em depoimento que ele sofreu um ataque epilético.
Maria Louise, a bebê que morreu no atropelamento, passeava com a mãe, Niedja da Silva Araújo, e com a avó, que mora no Recife. O pai, o motorista Darlan Rocha, foi à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Copacabana e pediu a prisão do motorista.
Daris La Mar, de 40 anos, que tentou ajudar no resgate, conta que socorristas tentaram reanimar o bebê por 50 minutos: “Quando cheguei no calçadão, havia muitas pessoas feridas e, quando me aproximei da mãe e do bebê, ela apenas falava: ‘Meu bebê! Cadê o meu bebê!!!’. Aí a avó me deu o bebê e falou: ‘Salva o meu bebê’. A primeira viatura que parou foi a Guarda Municipal e nos trouxe aqui”.
‘Vi o carro voando’
Uma testemunha ouvida pela TV Globo diz que viu o veículo “voando” ao entrar no calçadão da praia.
Calçadão estava cheio
O calçadão e a ciclovia, na altura da Rua Figueiredo de Magalhães, estavam cheios no momento do atropelamento, por volta de 20h30. Testemunhas tentaram agredir o motorista após o atropelamento, mas foram impedidas pela polícia.
Uma turista argentina ouvida pela GloboNews afirmou que o carro estava em alta velocidade. “Cadeiras voaram, não percebemos que era o carro até que as pessoas começaram a abrir e aí vimos gente caída no chão. Havia um bebê machucado”, disse ela. “Foi muito rápido, [o carro] veio muito rápido. Foi estranho, porque o trânsito estava lento.