Morta com sinais de espancamento teria sido vítima do ‘Tribunal do Crime’

Morta com sinais de espancamento teria sido vítima do ‘Tribunal do Crime’
Teria ajudado na prisão de integrantes de facção

Renata Portela

Mislene da Silva, de 30 anos, assassinada na noite de sexta-feira (31) pode ter sido vítima do conhecido como ‘Tribunal do Crime’, grupo de pessoas ligadas à uma facção criminosa, que decidem pela vida ou morte de quem trai ou faz algo contra a facção. Um caso recente e semelhante foi o homicídio de Richard Alexandre Lianho, de 25 anos, que chegou a ser filmado e divulgado nas redes sociais.

As informações repassadas ao Jornal Midiamax dão conta que Mislene foi sequestrada três dias antes de o corpo ser encontrado na região da Chácara dos Poderes. Ela foi encontrada morta com sinais de espancamento, com fraturas no rosto e também nas costelas. A vítima vestia apenas calça e sutiã e a camiseta foi encontrada a aproximadamente 80 metros.

‘Tribunal do Crime’

A prisão de Mayara Úrsula Fazan de Moura, de 26 anos, a ‘Malévola’, teria motivado a morte de Mislene para o PCC (Primeiro Comando da Capital). Por meio de fontes oficiais ligadas à Sejusp (Secretaria de Estado de Jusiça e Segurança Pública) o Midiamax confirmou a participação de Mislene na prisão de ‘Malévola’, no dia 21 de fevereiro.

Apontada pela facção criminosa como delatora, ela teria sido julgada pelo ‘Tribunal do Crime’ do PCC e condenada à morte. Além de Mayara, outras quatro pessoas foram presas e dois adolescentes apreendidos na operação policial em Campo Grande. Eles foram encontrados no Nova Lima, Jardim Noroeste e Estrela D’Alva.

As investigações começaram depois do roubo de uma tabacaria, na Avenida Ceará, na última segunda-feira (13), quando um adolescente, de 17 anos, e um dos integrantes da quadrilha assaltaram o local efetuando disparos e levando também um veículo Chevrolet Prisma.

Segundo a polícia, entres os presos estão integrantes do ‘Tribunal de Justiça do PCC’, o ‘Tribunal do Crime’. Eles foram indiciados e responsabilizados por tráfico de drogas, formação de quadrilha, roubo e corrupção de menores.

Assassinato

Uma denúncia a um policial da 3ª Delegacia de Campo Grande na noite de sexta-feira levou investigadores do SIG/DPC (Setor de Investigações Gerais do Departamento de Polícia da Capital) à vítima, que teria sido assassinada menos de três horas antes da chegada da polícia. O corpo foi levado ao Imol (Instituto de Medicina e Odontologia Legal) e reconhecido pelo ex-marido da vítima.

(Foto: Arquivo/Midiamax)