Família de Pedro Juan Caballero faz parte de conexão que traz cocaína da Bolívia para Brasil e Argentina passando pelo Paraguai
Os paraguaios Atilano Arteta Aponte, 57, e seus três filhos, Christhian Arteta Marín, 29, Rolando Arteta Marín, 26, e Derlis Michel Arteta Marín, 33, todos oriundos de Pedro Juan Caballero – cidade vizinha de Ponta Porã, foram presos nesta quarta-feira (12) na Operação Pescador, que apreendeu 457 quilos de cocaína. A droga veio da Bolívia e do Paraguai seria enviada para a Argentina e o Brasil.
A operação é resultado de quatro meses de investigação do serviço de inteligência da Senad, a Secretaria Nacional Antidrogas do Paraguai, treinada e equipada pela DEA a agência norte-americana de combate às drogas.
Conforme a Senad, Atiliano Arteta é o líder logístico da quadrilha no Paraguai. Ele foi preso com os filhos em uma casa luxuosa em Fernando de La Mora, na região metropolitana de Assunción.
Apesar de a droga ter sido localizada a pelo menos 300 km da fronteira, o fato de um dos chefes ser de Pedro Juan é forte indício de envolvimento de organizações da Linha Internacional com a quadrilha.
A Senad informou que a conexão tinha como fornecedor da cocaína era o colombiano Marcelo Raymon Díaz Velez, preso hoje em um edifício de luxo no centro da capital paraguaia. O secretário dele, o paraguaio Darwin Fleitas Benítez, 33, também foi preso. O nome da operação, Pescador, é o apelido de Marcelo Velez.
A cocaína enviada pelo colombiano saía em aviões de La Paz, na Bolívia. As aeronaves pousavam em pistas clandestinas no Paraguai e depois a cocaína era enviada via terrestre para o Brasil e a Argentina.
Uma das pistas clandestinas ficava em uma propriedade rural na Colônia Cadete Pastor Pando, no departamento de Presidente Hayes, na fronteira com a região norte da Argentina. No local, a equipe chefiada pelo promotor Hugo Volpe encontrou 13 sacos com quase meia tonelada de cocaína.