A modernização e intensificação da criação de tilápia no Brasil, tanto em tanques reservatórios como em viveiros escavados, fez a produção aumentar 223% em dez anos. Um dos grandes polos de fornecimento do peixe está no município paulista de Ilha Solteira, na divisa entre Mato Grosso do Sul e São Paulo.
Segundo o MAPA (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento), em 2005, a produção foi de 67.850,5 toneladas, calculada pelo Ibama, passando a 219.329 toneladas, em 2015, segundo o IBGE.
Fatores que tornaram a tilápia o peixe mais cultivado do país foram o clima favorável, a rusticidade da espécie aceitando diferentes sistemas de produção e a alta demanda.
Atualmente, além de Ilha Solteira, existem outros seis grandes polos de produção: Orós e Castanhão, no Ceará; Submédio e Baixo São Francisco, na divisa dos estados da Bahia, Pernambuco e Alagoas; Ilha Solteira, na divisa de São Paulo com Mato Grosso do Sul, regiões Norte e Oeste do Paraná e Baixo Vale do Itajaí, em Santa Catarina.
Outro fator que contribuiu para o avanço da produção foi a regulamentação do uso de águas públicas, como lagos e reservatórios de hidrelétricas, para cultivos intensivos, de forma que os psicultores iniciassem o trabalho sem precisar ter a posse dos locais
Produtores passaram ainda a usar equipamentos e melhorar tecnicamente o cultivo. Segundo o ministério, eles têm compreendido que, para serem competitivos e se manterem na atividade, é necessário ter controle do negócio, usar mecanismos de registros de custos, ter maior cuidado com o manejo e a qualidade das águas de cultivo.
Os criadores têm investido, por exemplo, em equipamentos que melhoram a qualidade da água e em rações de melhor qualidade. Em alguns polos, cientistas notam uso de ventiladores que aumentam a quantidade de oxigênio na água, permitindo a criação de mais animais no mesmo espaço e até alimentadores automáticos.
Graças a essas iniciativas, a rentabilidade da tilapicultura pode variar de 10% a 20%.
Fonte: Campo Grandenews