Ministério da Saúde diz que não prevê usar CoronaVac em 2022

O Ministério da Saúde informou à CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Covid-19 que tem a previsão de deixar de usar o imunizante CoronaVac na vacinação em 2022 por dois fatores: primeiro, o status de aprovação emergencial que a vacina ainda mantém na Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), e o segunda justificativa seria a “baixa efetividade entre idosos acima de 80 anos”.

A resposta do ministério foi dada para a seguinte questão feita pela CPI: “Justificativa para a descontinuidade do uso da Coronavac em 2022, tal como anunciado”.

O pedido de informações foi protocolado na última terça-feira, dia 05 de outubro, quando a CPI tinha desistido de ouvir pela 3ª vez o ministro Marcelo Queiroga.

A resposta foi dada por Danilo de Souza Vasconcelos, diretor de Programa da Secretaria Extraordinária de Enfrentamento à Covid-19, e Rosana Leite de Melo, secretária do mesmo setor.

“A razão sobre a possível descontinuidade da vacina Coronavac no ano de 2022 está diretamente relacionada com a condição de sua avaliação pela Anvisa”, informaram os servidores à CPI.

“Até o presente momento a autorização (da CoronaVac) é temporária de uso emergencial, que foi concedida para minimizar, da forma mais rápida possível, os impactos da doença no território nacional”, justificaram o diretor e a secretária.

No Brasil, as vacinas da Pfizer e da Astrazeneca/Fiocruz já obtiveram o registro definitivo. Tanto a CoronaVac quando a Janssen têm o registro emergencial. A OMS (Organização Mundial da Saúde) também aprovou seu uso emergencial.

Os servidores ainda justificaram a decisão com os dados de efetividade já divulgados. “Além do fato de estudos demonstrarem a baixa efetividade do imunizante em população acima de 80 anos; discussões na Câmara Técnica que não indicaram tal imunizante como dose de Reforço ou Adicional – conforme NT Técnicas SECOVID, assim, no atual momento, só teria indicação como esquema vacinal primário em indivíduos acima de 18 anos. Há estudos em andamento que sinalizam que mesmo usando em esquema vacinal primário há que se considerar uma terceira dose”, completou a dupla.