Descoberta desmistifica o infame ‘pseudo estudo’ do biólogo molecular francês Gilles-Eric Séralini
Um estudo conduzido por 18 pesquisadores independentes de várias instituições técnicas da Europa concluiu que o consumo de milho NK603 resistente ao glifosato não tem efeitos adversos em ratos da linhagem Wistar Han RCC. Os resultados da investigação foram publicados nos anais científicos “Archives of Toxicology” (Arquivos de Toxicologia), no portal Springer Link.
Esta nova descoberta desmistifica o infame ‘pseudo estudo’ do biólogo molecular francês Gilles-Eric Séralini, segundo o qual o milho NK603 teria causado tumores em ratos de laboratório. Publicado na Revista Food and Chemical Toxicology (Toxicologia Alimentar e Química) em 2012, o trabalho foi desacreditado e banido da publicação científica em função de seus diversos erros de condução e conclusão.
Agora, um novo estudo foi financiado pela Comissão Europeia para testar a potencial toxicidade subcrônica e crônica, bem como a carcinogenicidade do milho NK603 através da realização de ensaios de alimentação de 90 dias e 2 anos. Desta vez, porém, todos os procedimentos seguiram as diretrizes da OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico) para testes de produtos químicos, bem como as recomendações da EFSA (Autoridade Europeia para a Segurança Alimentar) para testes de segurança de alimentos integrais e rações em animais de laboratório.
Os resultados mostraram que a alimentação do NK603 tratado com e sem glifosato não tiveram efeitos adversos nos ratos. Os pesquisadores apresentaram recomendações sobre a justificativa científica e o valor agregado dos ensaios de alimentação de longa duração no processo de avaliação de risco de plantas geneticamente modificadas.
Veja aqui o artigo científico: Lack of adverse effects in subchronic and chronic toxicity/carcinogenicity studies on the glyphosate-resistant genetically modified maize NK603 in Wistar Han RCC rats
Fonte: Agrolink