“É importante ressaltar também que, apesar da maior disponibilidade prevista para o milho no mercado local, a compra de animais de reposição deve ficar mais caras”
O Brasil deve registrar uma recuperação na oferta do milho para o ano de 2019, após um ano repleto de desafios onde foram produzidas 81 milhões de toneladas de milho na safra 2017/18, retração de 17% no comparativo com o ciclo anterior. De acordo com o relatório de expectativas do agronegócio brasileiro para o ano que vem, que foi produzido pelo Rabobank, o País acabou semeando uma área histórica, mas o resultado não foi nem um pouco satisfatório.
“Além disso, o atraso no início do ciclo da soja na safra 2017/18 empurrou parte significativa da semeadura do milho segunda safra para próximo do final da janela ideal de cultivo com redução de investimentos ajustados pela escolha dos híbridos e adubação. Posteriormente, com as chuvas seguindo o padrão histórico e cessando em boa parte das regiões em maio, as lavouras ainda em desenvolvimento acabaram sentindo impactos produtivos. O resultado foi uma produção de 54 milhões de toneladas na safrinha 2018, 20% menor que o volume produzido no ciclo anterior”, diz o texto.
No entanto, a oferta do produto deve crescer em relação ao ano de 2018, aumentando a disponibilidade para a produção de ração animal. Além disso, o relatório indica que ano de 2019 deve ser de resultados mais positivos para todos os elos da cadeia de carne bovina no Brasil.
“Destacam-se como principais pontos a serem observados no ano: a continuação do crescimento das exportações, a provável aceleração do consumo interno e o crescimento da oferta em ritmo mais lento. É importante ressaltar também que, apesar da maior disponibilidade prevista para o milho no mercado local, a compra de animais de reposição deve ficar mais caras, já a partir de 2019”, conclui. Fonte: Agrolink