O fundador da Microsoft deixou vários avisos aos países mais ricos no combate à pandemia do novo coronavírus.
Bill Gates, fundador da Microsoft, revelou, num artigo de opinião do El País, que os países mais ricos têm de saber interpretar os sinais da crise pandémica que se vive atualmente.
O magnata norte-americano avisa que “ajudar os mais pobres não só é o correto, mas traduz-se também num sinal de inteligência”. “Tenho vindo a pedir aos líderes mundiais que invistam na saúde das populações mais pobres do mundo há 20 anos. As pandemias recordam-nos que ajudar os outros não é apenas o correto, mas inteligente”, começou por dizer Bill Gates, asseverando que o SARS-CoV 2 não olha a fronteiras para cumprir a sua missão.
“Nas últimas semanas, conversei com dezenas de especialistas sobre a Covid-19 e há evidências claras de que a doença discrimina de maneiras diferentes: mata mais idosos do que jovens, mais homens do que mulheres e tem um impacto desproporcional sobre os pobres. Mas há algo de que não encontrei nenhuma evidência, é que a doença discrimine com base na nacionalidade. O vírus não se importa com fronteiras”, acrescentando o norte-americano que “esta pandemia pode regressar em força”.
“Não é necessário viver num país em desenvolvimento para que as consequências de tudo isso sejam motivo de preocupação. Mesmo que os países ricos consigam conter o contágio nos próximos meses, a Covid-19 podia regressar em força se a pandemia permanecer grave o suficiente em outras áreas do mundo. Certamente será apenas uma questão de tempo até que uma região do planeta infecte a outra”, rematou.