Se não houver outra quebra generalizada por problemas climáticos
A T&F Consultoria Agroeconômica divulgou sua primeira estimativa de produção de trigo do Mercosul para a temporada 2018/19. “Se o clima não atrapalhar, o Mercosul deverá produzir 26,7 milhões de toneladas (MT) na próxima safra”, aponta boletim assinado pelo analista Luiz Fernando Pacheco.
De acordo com a T&F, as 20,0 milhões de toneladas de trigo a serem produzidas na Argentina, por enquanto, são “mais uma intenção, que está na boca de todos, governo e analistas privados. Afinal em 2016/17 foram 19,8 MT, porque não atingir a meta psicológica de 20,0MT depois de um ano tão bom como foi 2017/18? Mas que poderá sofrer alguns percalços para a sua execução”.
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O maior deles, aponta Pacheco, será a umidade do solo que, na safra de verão, foi duramente castigado pelo clima. “Todos sabemos que, para haver uma boa umidade do solo, as chuvas do período anterior tem que ser de, no mínimo 1.000 mm; se chover apenas 300 mm, por exemplo, nada restará no solo. E, na última safra de verão, as precipitações, no que se chama de área agrícola da Argentina, não atingiram o nível adequado, reduzindo dramaticamente as produções de soja e milho. Esta deficiência, porém, poderá ser corrigida com chuvas no inverno. A conferir”.
Para o Brasil, a T&F estima um leve acréscimo de área nos estados do RS e do PR, devido aos bons preços atuais do trigo, que poderão estimular o produtor. Atualmente, o mercado de lotes está ganhando R$ 800,00/t ou R$ 47,00/saca de 60 kg e está repassando ao produtor cerca de R$ 37,00/saca, algo bem próximo do custo de produção variável. Se subir mais um pouquinho (acreditamos que possa ir a R$ 900/t no PR/SP/MG) o produtor poderá ser remunerado com algo ao redor de R$ 45,00/saca.
“O Paraguai e o Uruguai não estão muito entusiasmados em aumentar a área, na razão inversa da Argentina, justamente porque qualquer aumento de produção deste país afeta o escoamento das suas produções. Então, se a Argentina aumentar, eles devem se retrair, apesar de o Paraguai produzir um excelente trigo, melhor inclusive que o argentino”, conclui.
Fonte: Agrolink
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