Após a publicação do decreto estadual com restrições no comércio aos fins de semana e toque de recolher a partir das 20h, Campo Grande deve seguir as regras assim como as outras cidades de Mato Grosso do Sul. O prefeito Marquinhos Trad (PSD) descarta lockdown por enquanto e diz que a Capital seguirá o que foi determinado no decreto estadual para verificar o resultado na redução dos casos de coronavírus.
Marquinhos ressalta que a Prefeitura de Campo Grande ainda não deve tomar novas medidas restritivas. “Tivemos uma reunião com Ministério Público, Defensoria, Secretário de Saúde, OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), CDL (Câmara de Dirigentes Lojistas), Fecomércio, representantes de supermercados e outras entidades. Decidimos que vamos acatar o toque de recolher do Governo do Estado”, afirma.
O prefeito de Campo Grande diz que a situação da pandemia é grave e lamenta que as pessoas só respeitem quando há um decreto. “Espero que tenham consciência, foram quase 2,5 mil mortes ontem, esse vírus é letal”, ressalta.LEIA TAMBÉM:
A respeito do lockdown, Marquinhos explica que ainda não está nos planos da Prefeitura. “Vamos esperar o resultado das medidas do Governo do Estado e só depois pensar em novas medidas. Infelizmente as pessoas só respeitam quando [as regras] são aplicadas com a lei, não se cuidam por si só”, afirma.
Decreto estadual
Diante do avanço do coronavírus nas últimas semanas e da taxa de ocupação de leitos que chega a 100% em regiões do Estado, o Governo de Mato Grosso do Sul publicou decreto com novas medidas restritivas. O documento determina que o toque de recolher fica mais rígido e começa a partir das 20 horas em MS. Aos fins de semana, serviços não-essenciais, como o comércio e shoppings, só podem funcionar até as 16 horas. Todas medidas começam a valer no próximo domingo (14).
O decreto já havia ‘vazado’ nas redes sociais, mas o Governo do Estado não liberou o documento logo pela manhã, como costuma acontecer. Sob forte pressão de empresários donos de bares, restaurantes e líderes religiosos, o Governo do Estado ‘aliviou’ alguns pontos do decreto. Por exemplo, no documento inicial, os estabelecimentos não-essenciais deveriam ficar fechados aos domingos. Agora, os locais podem funcionar até as 16 horas, assim como aos sábados. Outra mudança é que as igrejas foram inclusas como atividade essencial no decreto. Midiamax