Líder de assalto ao Banco Central é baleado ao tentar fugir de prisão
Conhecido como o idealizador do assalto ao Banco Central de Fortaleza, em 2005, Antônio Jussivan Alves, o “Alemão”, foi baleado ao tentar ser resgatado da Penitenciária Francisco Hélio Vaiana de Araújo, no município de Pacatubaa, na madrugada desta terça-feira (8).
Alemão foi atingido numa troca de tiros com agentes penitenciários junto a um companheiro, enquanto tentavam chegar aos muros da unidade. Ele e mais dois detentos serraram as grades de ventilação da cela, cortaram a grade para chegar a àrea de convivência e fizeram uma corda feita de lençóis para tentar escalar a muralha.
Do lado de fora do presídio, haviam pessoas com um carro e uma escada para apoiar a fuga de Alemão. Após um disparo de aviso, os comparsas trocaram tiro com os agentes penitenciários. Um agente foi ferido por um tiro de raspão, mas passa bem.
Alemão e o outro presidiário atingido foram levados ao Instituto José Frota, onde estão sob cuidados médicos. O líder do assalto ao Banco Central passou por uma cirurgia, mas passa bem. O outro detento, identificado como Antônio Carlito Avelino, ainda passa por exames.
De acordo com a Secretaria de Justiça e Cidadania do Ceará, a segurança da unidade prisional foi reforçada. Alemão responde a 35 anos e dez meses de prisão no local pela idealização do assalto.
Relembre o crime
O assalto ao Banco Central de Fortaleza rendeu aos criminosos R$ 164 milhões e é considerado, até hoje, o maior assalto da história do país. O caso resultou em 28 ações penais contra 133 pessoas, divididas em três quadrilhas que participaram do crime.
Os criminosos utilizaram da ajuda de um vigilante do prédio e alugaram uma casa na mesma rua do Banco, três meses antes do crime. Eles escavaram um buraco entre a casa e o prédio, fingindo que a terra das escavações era oriunda de uma empresa de venda de grama de fachada.
O grupo conseguiu chegar com o túnel até o cofre do Banco, em agosto de 2005, e levou a quantia sem ser pego pelas câmeras de segurança. De todo o montante, dividido pelo grupo em diversas regiões do país, apenas R$ 40 milhões foram recuperados até 2015.