Segundo o último relatório da OMS, a variante andina está associada a “taxas substanciais de transmissão comunitária em vários países”, nomeadamente no Peru, Argentina, Chile e Equador
A OMS afirma que a nova mutação do vírus deve ser considerada “de interesse”, categoria que inclui outras seis mutações do SARS-CoV-2, explica um artigo publicado pela BBC News.
Se confirmando a sua capacidade de transmissão a nível pandêmico, a OMS sublinha que a Lambda deve ser minuciosamente estudada pelos cientistas de modo a entender o seu real impacto, sobretudo nos países da América do Sul.
Segundo o último relatório da OMS, a variante andina está associada a “taxas substanciais de transmissão comunitária em vários países”, nomeadamente no Peru, Argentina, Chile e Equador.
Adicionalmente, a OMS destaca que a estirpe é composta por múltiplas mutações que podem ter “implicações fenotípicas”, como um “aumento da transmissibilidade” ou “resistência a anticorpos neutralizantes”.
De acordo com o organismo GISAID, site especializado que recolhe dados sobre o novo coronavírus e influenza (vírus da gripe), até 15 de junho de 2021 a Lambda estava presente em pelo menos 29 países no mundo, com um nível significativo de incidência na América do Sul.
No Chile, por exemplo, revela a BBC, registrou-se um crescimento notório da variante, que atualmente corresponde a 32% dos casos sequenciados reportados nos últimos 60 dias.
O que significa que a estirpe andina está se disseminando a taxas similares às da variante brasileira (33%) e bem acima da britânica, também conhecida por Alfa(4%).
No Peru, o relatório da OMS revela que desde abril deste ano, 81% dos casos de Covid-19 estão associados à Lambda.
Entretanto a Argentina “relatou uma prevalência crescente da Lambda desde a terceira semana de fevereiro de 2021, e entre 2 de abril e 19 de maio de 2021, a variante representou 37% dos casos sequenciados de covid-19”, pode ler no relatório da OMS.
O médico em microbiologia molecular e coordenador do Laboratório de Genómica Microbiana do Peru, Pablo Tsukayama, que está por trás das pesquisas que identificaram a nova linhagem do SARS-CoV-2, explicou em entrevista à BBC News Mundo que quanto aos sintomas não foi relatada até ao momento nenhuma grande alteração além das já conhecidas.
Todavia, e tendo como base informações divulgadas por alguns médicos, poderá ocorrer uma maior frequência de problemas intestinais nos indivíduos infectados pela mutação Lambda.