Segundo a Agência de Meteorologia da Austrália, o fenômeno climático La Niña tem 100% de probabilidade de permanecer durante o mês de janeiro e 78,8% de chances de perdurar durante fevereiro. O La Niña se configura através de um esfriamento constante (pelo menos um trimestre) na região oceânica do Pacífico Equatorial, também conhecida como região NINO 3.4.
“Se confirmado, o La Niña estaria afetando as projeções climáticas nos dois principais meses no desenvolvimento da soja na Argentina, quando a oleaginosa entra em reprodução na maioria do país. Ainda é prematuro para qualquer afirmação de perda produtiva na América do Sul. A ARC continua estimando 111 MTs de soja produzidas no Brasil e 55,5 MTs na Argentina, no atual ano safra 17/18”, afirma a Consultoria AgResource.
Segundo os analistas, os mapas climáticos atualizados hoje trazem diferenciações acentuadas dentre os principais modelos. As previsões do sistema GFS (americano) trazem chuvas mais escassas para a Argentina e concentradas no Centro do Brasil, nos próximos 10 dias. Já no período de 13 a 18 de janeiro, uma rodada de precipitações acima dos 25 mm acumulados deverá cobrir 90% da área sojicultora na Argentina.
“No entanto, os demais modelos climáticos não confirmam tal rodada de chuvas que chega em meados do mês. Os mapas do ECM (modelo Europeu), trazem chuvas concentradas apenas no norte da Argentina, neste mesmo período. A alta divergência nas leituras diminui drasticamente a confiança em tais chuvas. A ARC acredita que os mapas deverão mudar muito antes de trazerem um padrão similar em todas as leituras, especialmente por se tratar da influência de um La Niña”, concluem os analistas da AgResource.
Fonte: Agrolink