Baixa umidade do ar e temperaturas elevadas continuam deixando boa parte do país em estado de alerta
O fenômeno climático La Niña intensificou a massa de ar seco em atuação na região Central do Brasil há mais de duas semanas. O alívio, se confirmado, deve chegar apenas na primeira semana de agosto e ainda assim de forma muito irregular e ainda com volumes baixos.
Até lá, a tendência é da permanência do tempo muito seco, temperaturas elevadas e baixa umidade relativa do ar em boa parte das áreas de produção agrícola.
Apesar do tempo mais seco ser característico do inverno, Mamedes Luiz Melo, meteorologista do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) explica que a sequência de dias com umidade com níveis entre 20 e 30% é o que tem chamado atenção neste inverno. Além disso, as temperaturas em áreas de São Paulo, Mato Grosso do Sul e Mato Grosso estão acima da média esperada para o período.
O Inmet mantém alerta amarelo em todo o Brasil Central e em áreas do Matopiba para baixa umidade relativa do ar nas próximas 24 horas. Segundo a publicação oficial os níveis podem ficar entre 30 e 20% nesta quinta-feira. No sul do Mato Grosso o cenário é mais grave, de alerta laranja e com umidade relativa do ar entre 20% e 12%.
De acordo com o modelo GFS, a massa de ar seco pode começar a perder intensidade na primeira semana de agosto. O meteorologista afirma, no entanto, que é preciso continuar monitorando as atualizações.
“Os modelos mostram alguma condição de chuva, mesmo que seja de forma pontual, em áreas de São Paulo, Mato Grosso do Sul e até do Mato Grosso. Em Goiás aparece bastante nebolusidade, mas tudo isso precisa ser monitorado nos próximos dias”, explica.
O modelo norte-americano indica, para o dia 4 de agosto, condição para chuva nessas áreas, mas ainda com volumes baixos. No sul de Minas Gerais há tendência para chuva mais expressiva, com precipitação entre 15mm e 20mm.