Kauan pode ter sido esquartejado por professor após estupro e morte
Na reconstituição feita no dia 17 no local do crime pode ter surgido a informação sobre o esquertejamento.
Enroscadas na dificuldade para localizar o corpo, as investigações em torno do desparecimento do garoto Kauan, de 9 anos de idade, podem ser fechadas com indícios de que ele tenha sido esquartejado por um professor com ajuda de um adolescente. A informação não é confirmada oficialmente pelos delegados envolvidos, mas já foi citada pela Polícia Civil em nota oficial.
Até o momento, a polícia trabalhava com a hipótese de que o corpo do menino teria sido atirado nas águas do córrego Anhanduí. No entanto, várias semanas de buscas com equipes de mergulhadores dos Bombeiros, peritos e até equipes formadas por familiares não tiveram sucesso.
No entanto, na convocação oficial para a coletiva de imprensa que acontecerá na próxima sexta-feira (25), o termo aparece pela primeira vez. “Segundo as investigações, o menino teria sido levado à casa do autor, acompanhado por um adolescente de 14 anos de idade, e lá foi violentado, morto e esquartejado, com a participação do menor”, diz a nota oficial da Polícia Civil de Mato Grosso do Sul.
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O caso
Kauan desapareceu da casa da família, no Aero Rancho, no dia 25 de junho. O menino cuidava carros na região quando foi visto pela última vez. A família registrou boletim de ocorrência e as investigações foram realizadas pela Depca. Foram mais de 20 dias sem notícias até o último sábado (22), quando o caso foi esclarecido.
Durante as investigações do desaparecimento, um adolescente de 14 anos acabou apreendido por envolvimento no crime. Ele relatou à polícia que atraiu Kauan na noite do dia 25 de junho para a casa. A criança teria falecido enquanto era violentada.
Com Kauan inconsciente, não se sabe ainda se desmaiado ou já sem vida, os suspeitos colocaram o corpo do menino em saco plástico e ‘desovaram’ no Córrego Anhanduí, por volta da 1 hora do dia 26 de junho.
O homem suspeito de ser pedófilo foi preso no dia 21 de julho, no começo da tarde, pouco antes do início das buscas pelo corpo do menino. O principal suspeito negou as acusações, mas com o depoimento do adolescente e os fatos já confirmados pela perícia, não há dúvidas de que a vítima era Kauan.
Sobre o local onde o corpo foi deixado, segundo a autoridade policial, o adolescente apresentou contradição. Ele afirma que entrou no carro do suspeito, com o corpo no porta-malas, mas que não desceu do veículo para jogar o menino. O criminoso teria ido sozinho às margens do córrego e permanecido por aproximadamente 30 minutos.
Foram feitas buscas ao longo de aproximadamente 20 quilômetros no leito do córrego, mas além de um pacote com o que poderia ser cabelo, nada mais foi encontrado. No último dia 17 aconteceu a reconstituição do crime e com os depoimentos dos envolvidos, pode ter surgido este novo fato que é o esquertejamento.
A coletiva de imprensa foi marcada para esta sexta-feira (25) na sede da Diretoria Geral de Polícia Civil (DGPC).