Justiça bloqueia todo patrimônio de Puccinelli em ação da Lama Asfáltica

A 3ª Vara da Justiça Federal determinou o bloqueio de todo o patrimônio do ex-governador André Puccinelli (PMDB), um dos alvos da operação Lama Asfáltica, realizada pela PF (Polícia Federal). Conforme o advogado Renê Siufi, que atua na defesa de Puccinelli, a decisão considera que o ex-governador teria participado de ato de improbidade.

Contudo, não foram repassadas informações de valores. Conforme o advogado, o processo é sigiloso e por isso ele não pode fornecer detalhes. Siufi afirma que ainda estuda o documento para decidir sobre recurso.

CHOCADEIRA PANTANAL
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De acordo com o apurado pela reportagem, a decisão é contra Puccinelli e outros alvos da Lama Asfáltica, como Micherd Jafar Junior, dono da Gráfica Alvorada. O valor bloqueado é para fazer frente aos possíveis desvios de recursos. No caso do ex-governador, envolve imóveis, carros e conta bancárias. Em 2010, quando disputou a última eleição, Puccinelli declarou patrimônio de R$ 5,3 milhões à Justiça Eleitoral.

A decisão é da juíza federal Monique Marchioli Leite, da 3ª Vara Federal, que é especializada em crimes de lavagem de dinheiro e contra o Sistema Financeiro Nacional.

Na segunda etapa da operação, batizada de Fazendas da Lama e realizada em 10 de maio, a Polícia Federal cumpriu mandado de busca e apreensão no apartamento de Puccinelli, em Campo Grande. A motivação foi a compra dos livros didáticos e o financiamento da MS-430 pelo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).

No mesmo dia, Puccinelli foi de forma espontânea à superintendência da PF. Na ocasião, a defesa afirmou que a SED (Secretaria Estadual de Educação) tinha autonomia na compra de livros didáticos. A reportagem não conseguiu contato com a gráfica. A Gráfica Alvorada é apontada como fonte de pagamento de propina e elo entre o ex-governador e um esquema de desvio de dinheiro público.

A operação Lama Asfáltica aponta desvio de R$ 44 milhões em recurso público e que foi formada uma rede de “laranjas”, composta por familiares e terceiros, para lavagem do dinheiro de origem ilícita. Os valores foram transformados principalmente em fazendas, que totalizam 67 mil hectares espalhados por Mato Grosso do Sul. (Matéria editada às 13h09 para acréscimo de informação) CGNEWS.

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