Jovem garante que tortura não teve a ver com vazamento de vídeo do DOF
Após ser sequestrado e torturado, no dia 19 de agosto, em Ponta Porã distante 346 quilômetros de Campo Grande, e ficar dias internado, Marcos Blanco, de 29 anos, disse em nota que na realidade teria sofrido um assalto, e que o episódio não teria relação com as imagens divulgadas de uma abordagem do DOF ( Departamento de Operações da Fronteira) a dois irmãos que desapareceram, no dia 12 de agosto.
Em nota, ele afirmou ser instalador de internet e que nunca teria feito instalação de câmeras de segurança. Já em relação a divulgação de que teria sido sequestrado e torturado junto de Luís Fernando Nara Aguirre, de 28 anos, por causa de imagens íntimas de clientes serem espalhadas, ele afirmou que nunca se envolveu com mulher casada ou comprometida e que estas informações divulgadas não seriam verdadeiras.
Luís diz na nota que na realidade foi vítima de um assalto e que a todo o momento os ladrões perguntavam o de estaria o dinheiro. Ainda segundo ele, teriam levado além do dinheiro de sua carteira, um anel e uma pulseira de ouro, segundo o site Ponta Porã Informa.
Contradição
Durante o depoimento da dupla na delegacia de homicídios na última semana, eles teriam dito que seriam responsáveis pela manutenção das câmeras de segurança do posto de combustível em que os irmãos Rodney Campos dos Santos, e Edney Bruno Ortiz Amorim, de 27 e 20 anos, foram vistos pela última vez e admitiram que teriam divulgado as imagens onde os dois jovens aparecem sendo abordados pelos agentes do DOF (Departamento de Operações de Fronteira).
Eles ainda teriam alegado que após a divulgação das imagens se refugiaram em outra cidade do Paraguai por medo de retaliações, mas ainda assim foram sequestrados após receberem um falso chamado para prestação de serviços.
Após, passarem horas sob tortura, as vítimas conseguiram escapar pelo porta-malas antes que os bandidos chegassem ao Paraguai, onde a polícia suspeita que elas seriam mortas já que no carro abandonado pelos bandidos, agentes encontraram um galão carregado de combustível.
Divulgações de imagens íntimas
O delegado que cuida do caso Marcio Obara, da DEH (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes de Homicídio), disse que durante as investigações, ao contrário do que divulgado, aponta que o sequestro e a tortura seriam retaliação a divulgação de imagens íntimas de um cliente, e não da abordagem.
Depois de instalar câmeras de segurança em uma residência da região, a dupla de instaladores teria invadido o IP, copiado imagens íntimas do cliente e divulgado o vídeo nas redes sociais.