“Na maioria das vezes, o doente tem dor, mas como é nas costas e é uma queixa comum, passa por vários médicos e toma vários remédios antes de obter o diagnóstico”, explica Nelson Hamerschlak, hematologista e hemoterapeuta do hospital israelita Albert Einstein, coordenador da Pós-Graduação em Hematologia/Hemoterapia e investigador do Instituto Israelita de Ensino e Pesquisa Albert Einstein, citado pelo jornal Metrópoles.
A doença afeta os plasmócitos, um tipo de glóbulos brancos, começa por explicar o portal Lusíadas. Estas células produtoras de imunoglobulinas desempenham um papel essencial na defesa do organismo contra infecções. “No mieloma, os plasmócitos tornam-se malignos, aumentando a sua presença e atividade na medula óssea. Como consequência, a imunoglobulina é produzida em excesso (proteína M), o que causa vários problemas no organismo, responsáveis pelos sinais e sintomas da doença”, pode ler-se.
A maioria dos casos são diagnosticados em indivíduos com mais de 65 anos, do sexo masculino e com antecedentes familiares de mieloma múltiplo.
O mieloma pode causar lesões dolorosas nos ossos e desencadear fraturas. As regiões mais frequentemente afetadas tendem a ser a coluna, o crânio e a pélvis. As vértebras são a localização mais frequente de fratura.
Outros sintomas:
- Fadiga;
- Falta de força;
- Perda de apetite;
- Aparecimento de manchas escuras;
- Insuficiência renal;
- Sangramento fácil de feridas ou outros traumatismos;
- Diminuição de sensibilidade;
- Paralisia;
- Infecções frequentes, sobretudo respiratórias;
- Falta de ar;
- Febre;
- Lesões e dores nos ossos;
- Mau funcionamento dos rins;
- Sede intensa;
- Náuseas;
- Prisão de ventre;
- Perda de peso.
Tenha em conta que estes sintomas não são exclusivos de mieloma múltiplo. Ou seja, o fato de apresentar um dos sintomas aqui descritos não significa que esteja doente. Em caso de suspeita, deve dirigir-se a um hematologista clínico.