Queda da Ponte Morandi deixou 38 mortos e 15 feridos
A tragédia em Gênova, na Itália, que deixou 38 mortos e 15 feridos, desencadeou uma batalha entre o governo do país contra a empresa Autostrade per I’Italia, que administrava a rodovia do Viaduto Morandi. O Ministério de Infraestrutura iniciou uma investigação preliminar sobre a Autostrade e pediu para a empresa enviar dentro de 15 dias um “relatório detalhado no qual fornecerá evidências claras de todas as medidas implementadas no local para garantir a funcionalidade da ponte Morandi, e evitar qualquer evento acidental”.
A tensão está alta tendo em vista que a empresa tem destacado a seriedade de seus controles de segurança e disse estar trabalhando duro para definir o projeto para a reconstrução do viaduto que deve durar cinco meses. O ministro de Desenvolvimento Econômico e do Trabalho, Luigi Di Maio, por sua vez, reafirmou hoje a retirada das concessões da companhia após o desastre.
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O governo, inclusive, exigiu que todas as concessões sejam revisadas. Em resposta, a Autostrade fez duras críticas contra o fato de o governo “não ter certezas sobre as causas efetivas” do desabamento. Além disso, a companhia lembrou que essa revogação das concessões pode custar indenizações ao Estado, avaliadas em milhões de euros.
A holding da família Benetton é a maior acionista da Atlantia, empresa controladora da empresa Autostrade per l’Italia. Nesta manhã, as ações do grupo italiano sofreram com volatilidade na Bolsa de Valores de Milão, registrando perdas de 21%, devido ao desabamento. Na última terça-feira (14), um colapso estrutural provocou o desabamento do viaduto Morandi, depois da região ser afetada por uma forte chuva.
O acidente deixou centenas de pessoas desabrigadas, além de entre 10 e 20 desaparecidos. As equipes de emergência ainda buscam por sobreviventes e retiram os escombros. (ANSA)