Ora, por apresentarem sinais semelhantes, é fundamental estar a par de diferenças chave entre infarto e ansiedade – de modo a agir o mais rapidamente possível.
Primeiro, é relevante analisar o tempo das sensações e se estas se intensificam ou diminuem com o passar dos minutos, já que tal é uma pista determinante quando se trata de identificar de qual condição se trata.
“As crises de ansiedade normalmente atingem seu auge entre 10 e 20 minutos e, aos poucos, o paciente tende a baixar os níveis de adrenalina e recuperar o controle emocional. No infarto do miocárdio, porém, tendem a piorar com o tempo”, diz ao Alto Astral o cirurgião cardiovascular e membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular Elcio Pires Junior.
O tipo de dor
De acordo com o cirurgião: “é importante observar que no caso da ansiedade, a dor também se concentra na área do peito, mas sem a pressão gerada nos ataques cardíacos, que não se limita ao braço esquerdo, podendo irradiar para o braço direito, pernas, dedos, tórax e pescoço”.
Sintomas
Por um lado, a ansiedade caracteriza-se por um aumento súbito da sensação de ansiedade e medo; taquicardia e palpitações; aumento da temperatura corporal; sudorese; tremores; medo de morrer e perda de controle; sensação de afogamento; falta de ar; pressão ou desconforto no peito; sensação de entorpecimento ou formigamento.
Por outro lado, o infarto distingue-se por uma dor no peito, que pode disseminar-se para a nuca, queixo, ombros ou para os membros superiores; náuseas; dor no abdômen que pode ser confundida com indigestão; falta de ar; palpitações; dormência e formigueiro; transpiração intensa e repentina; sensação de desmaio ou desmaio; inquietação e/ou desorientação.