Fogo, que pode ter origem criminosa, surgiu em uma região com rampa de barcos, no Rio Amambai, onde estavam estacionados vários veículos.
Vilson Nascimento
Um incêndio, que pode ter sido originado de uma ação criminosa, queimou veículos e causou uma enorme devastação ao meio ambiente nesse sábado, 24 de agosto, em Amambai.
O fogo, que surgiu nas proximidades de uma rampa de desembarque de barcos às margens da Rodovia MS-386, trecho que liga Amambai a Ponta Porã, na altura da ponte sobre o Rio Amambai e distante cerca de 20 quilômetros da cidade, teve início por volta do meio-dia.
Devido a vegetação seca, ao sol e ventos fortes, as chamas se alastraram rapidamente, atravessando o rio e a rodovia estadual e causando a destruição de dezenas de hectares de vegetação natural da APA (Área de Proteção Ambiental) dos dois lados do Rio Amambai.
O fogo também atingiu veículos que estavam estacionados nas proximidades da rampa de barcos.
Uma caminhonete S-10 pertencente ao empresário de Amambai, Rafael Charnoski, e o reboque de barco acoplado foram totalmente destruídos pelas chamas.
Uma pick-up Fiat Strada pertencente a Azor Assis, também empresário de Amambai, teve a parte de plástico da carenagem danificada pelas chamas, enquanto outra caminhonete, uma Mitsubishi L-200 que se encontrava estacionada em local de vegetação seca, não foi atingida pelo fogo porque pescadores chegaram a tempo de quebrar o vidro da porta do motorista, desengatar e a empurrar para local seguro. Naquele momento, a maior parte dos donos dos veículos estavam trafegando de barco no rio.
Equipes do Corpo de Bombeiros de Amambai foram acionadas e se deslocaram para o local.
Em primeiro momento, os bombeiros atuaram no controle do tráfego na rodovia estadual para evitar acidentes, considerando a volumosa quantidade de fumaça que atrapalhava a visibilidade e as altas labaredas na vegetação seca nas margens da via.
Em segundo momento, a equipe do 16º Subgrupamento Independente do Corpo de Bombeiros (16º SGB) passou a elaborar um plano de ação para tentar impedir um avanço ainda maior do fogo.
Em propriedades rurais lindeiras ao Rio Amambai, funcionários fizeram uso de tratores com grade e, inclusive, de “gafanhoto” para impedir que o fogo se alastrasse para a palhada, local que teve lavoura de milho retirada e o solo começa a ser preparado para o plantio direto da soja.
A origem
Segundo o Corpo de Bombeiros, levantamentos preliminares indicaram que o fogo começou na região em que veículos dos pescadores estavam estacionados, mas não havia indício que teria partido de algum dos carros, levantando hipótese de que possa ter sido ateado de forma acidental ou propositalmente por alguém.
Segundo um dos pescadores ouvidos pela reportagem do grupo A Gazeta, quando eles chegaram às margens do rio, horas antes do fogo começar, havia dois homens embaixo da ponte de concreto sobre o Rio Amambai.
O local é limpo e sempre frequentado por pescadores e andarilhos que usam a região como ponto para pesca ou descanso.
Fonte: A Gazetanews