Ataque foi durante operação que combate extração ilegal de madeira em Espigão. Ricardo Salles visitou região na semana passada.
Por Bom Dia Brasil e Rede Amazônica
26/07/2019 10h12 Atualizado há 52 minutos
Um helicóptero do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) foi atacado a tiros durante uma operação que combate a exploração ilegal de madeira em terras indígenas de Espigão D’Oeste (RO). O ataque foi na quarta-feira (25), uma semana após o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, visitar a região e se reunir com madeireiros.
Em um vídeo obtido pela Rede Amazônica, nesta sexta-feira (26), é possível ouvir vários disparos sendo feitos contra a aeronave do Ibama. Nenhum fiscalizador foi atingido pelos tiros e o helicóptero não foi danificado.
Segundo o Ibama, a operação para conter a extração de madeira está sendo realizada desde a visita de Ricardo Salles em Espigão D’Oeste. O Exército também participa da ação.
Ninguém foi preso até esta sexta-feira pelo ataque contra a aeronave.
A região do ataque fica próxima à Reserva Indígena Roosevelt, conhecida por registrar conflitos envolvendo extração de madeira e garimpagem ilegal de diamantes.
Segundo ataque em um mês
Este é o segundo ataque contra o Ibama na região só neste mês de julho. No dia 4 de julho, um caminhão-tanque que levava combustível para abastecer helicópteros do Ibama foi incendiado. Ninguém se feriu.
Por causa desse ataque, o ministro Ricardo Salles visitou, de surpresa, o município de Espigão D’Oeste.
Em uma reunião com os madeireiros na semana passada, Salles ouviu as principais reivindicações da categoria, entre elas a liberação para extrair madeira na região.
Desde o primeiro ataque, em 4 de julho, mais de 70 empresas foram proibidas de seguir com a produção madeireira na região.
Em discurso com a categoria madeireira, o ministro Ricardo Salles disse ainda não acreditar que madeireiros tenham incendiado o caminhão do Ibama. Para ele, o ataque partiu de criminosos e não podem ser associados com quem é trabalhador do setor.
Os pedidos dos madeireiros sobre poderem explorar a área de reserva será avaliada pelos órgãos fiscalizadores, segundo prometeu o ministro durante a reunião em Rondônia.