Delegado da Polícia Federal afirma que o próximo passo é identificar os líderes envolvidos no contrabando.
Superintendente da PF, delegado Luciano Flores Lima. (Foto: Saul Schramm).
O grupo preso com 11 carretas de cigarro, na noite de sexta-feira (dia 16), em Naviraí, pode ter ligação com outras quadrilhas do País. A afirmação é do superintendente da PF (Polícia Federal), Luciano Flores de Lima, que, neste sábado (dia 17), concedeu coletiva de imprensa.
O carregamento foi apreendido no município de Ivinhema, a 282 quilômetros da Capital e está estimado em R$ 33 milhões. Esta é a segunda maior apreensão de cigarros feita pela Policia Federal de Naviraí. A primeira foi em agosto de 2009, onde a PF local apreendeu 15 carretas que transportavam caixas de cigarros, em uma rodovia do município de Bataguassu.
Agora, afirma o delgado, o próximo passo é tentar identificar os possíveis líderes. A investigação acredita que possa existir mais de uma quadrilha e ligação entre grupos de MS com os de fora, pelo alto valor dos bens apreendidos. Fora a carga de cigarros, as carretas utilizadas são de alto custo.
Questionado sobre possível ligação entre a apreensão e a Máfia dos Cigarros, o delegado disse não descartar, mas que só o decorrer das investigações poderá dizer. Batizada como Oiketicus (nome científico do insento apelidado de bicho-cigarreiro), a ação ocorreu em maio em 16 cidades de Mato Grosso do Sul e prendeu 21 pessoas.
Para apuração, a PF vai contar com o respaldo também do Ministério Público, Receita Federal, Polícia Militar e Exército. O delegado não detalhou como será o trabalho destas instituições.
Caso – As carretas estavam na área urbana da cidade e nove pessoas foram presas. Outras duas conseguiram escapar. Segundo o delegado, os policiais federais que estavam em diligências ontem à noite notaram quatro carretas estacionadas na região central de Ivinhema.
A PM foi acionada para ajudar no bloqueio da saída da cidade. Durante a campana, outras sete carretas foram encontradas em outra região. A carga apreendida foi avaliada em R$ 33 milhões; os presos estão foram levados para o Presídio de Naviraí.CGNEWS