Em vários trechos interrompidos por caminhoneiros em estradas do Rio Grande do Sul é possível observar faixas pedindo que as Forças Armadas assumam o governo federal
A greve dos caminhoneiros extrapola as reivindicações iniciais, focadas na redução dos preços dos combustíveis, e vem ganhando apoio de vozes que reivindicam intervenção militar no país.
As manifestações vêm tanto de dentro quanto de fora do movimento dos caminhoneiros. Ontem, centenas de pessoas bloquearam a entrada do 3º Grupo de Artilharia Antiaérea (3º GAAAe) do Exército, no bairro Rio Branco, em Caxias do Sul, gritando frases de ordem e pedindo a tomada do poder pelas Forças Armadas. O ato começou com um pequeno grupo, por volta das 13h. Às 16h, centenas de pessoas já balançavam bandeiras e portavam cartazes contra a corrupção. Havia caminhões com bandeiras do Brasil e faixas pedindo intervenção militar.
A maioria dos participantes soube da mobilização por meio de redes sociais, segundo Joseane Haefliger, que integra o grupo Patriotas de Plantão. No final da tarde, os manifestantes fizeram passeata pelas ruas centrais.
Em vários trechos interrompidos por caminhoneiros em estradas do Rio Grande do Sul é possível observar faixas semelhantes pedindo que as Forças Armadas assumam o governo federal.
Uma reportagem da BBC Brasil obteve acesso a cinco grupos fechados criados em redes sociais por caminhoneiros para difundir informações sobre a greve. Em todos, frases de apoio a militares começaram a ganhar força nos últimos dias.