Governo federal corta verba de MS e pode ‘abrir fronteiras’ ao crime, diz secretário

Com mais de 1.500 km de fronteira com o Paraguai e a Bolivia e considerado a principal rota de entrada de drogas e de armas que abastecem o crime organizado nas maiores cidades brasileiras,

Mato Grosso do Sul, mesmo batendo recordes de apreensões, perdeu R$ 13 milhões com mudanças nos critérios de divisão do Fundo Nacional de Segurança Pública anunciadas na última sexta-feira pela Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp).

O secretário estadual de Justiça e Segurança Pública, Antonio Carlos Videira, enviou ofício à Senasp, pedindo reconsideração das mudanças, e vai amanhã à Brasília, com colegas de outros estados fronteiriços prejudicados – Rondônia, Mato Grosso, Amazonas e Roraima – para tentar reverter a situação. Para Videira, rebaixar MS em 12 posições no ranking de repasses ao estados, de 2º para 14º lugar, prejudica ações de combate ao crime nas fronteiras e coloca em risco a segurança de todo o Brasil, “abrindo as portas” para a entrada de armas e drogas no país.

Pelos critérios anteriores, MS receberia R$ 39,5 milhões do fundo, a segunda maior fatia, menor apenas que a de São Paulo, com R$ 50 milhões. Com a mudança, o repasse previsto para o estado cai para R$ 26,4 milhões.


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