Governo de MS avisa que cortará ponto de servidor que for à greve geral na sexta
A fim de ‘preservar os serviços públicos’, o governador Reinaldo Azambuja (PSDB) avisou nesta quinta-feira (27) durante agenda que o governo estadual vai cortar o ponto dos servidores que não forem trabalhar para aderirem a greve geral, marcada por manifestações pelas ruas do país nesta sexta-feira (28) em protesto às reformas trabalhistas e da Previdência.
“Vejo a greve como normal. A gente respeita, mas eu vejo o Estado como um todo e temos que preservar os serviços públicos, mantendo as oportunidades ao cidadão”.
Reinaldo afirmou que há determinação que quem faltar, deve repor seu dia de trabalho, ou terá a falta para greve descontada da folha de pagamento. “É como é a regra dentro do governo do Estado”, disse.
O governador comentou o encontro que teve com o presidente Michel Temer (PMDB) e destacou que o ministro da Fazenda Henrique Meirelles deu ‘esperanças de melhora na economia’.
“É o que a gente espera. No momento, o presidente Temer está esperando essas reformas que ele acredita serem bastante importantes para organizar o país. Ontem, vimos a votação da Reforma Trabalhista com algumas mudanças. Mas é importante para o andamento do país. Esperamos poder retomar a economia, gerar mais empregos e oportunidades”.
Greve Geral
Professores da rede pública, privada e diversos servidores de várias regiões do Brasil já anunciaram sua adesão à paralisação nacional nesta sexta-feira. Aeronautas decidirão sua participação na greve nesta quinta – mas não devem parar totalmente.
Esta será a primeira manifestação contra o Governo desde que as delações da Odebrecht vieram à tona e implicaram ainda mais integrantes do primeiro escalão de Temer e o próprio presidente.
Organizada pelas maiores centrais sindicais do país, como a CUT (Central Única dos Trabalhadores)) e a Força Sindical, o ato se voltará contra o combo das reformas da Previdência e trabalhista proposto pelo Planalto.
As manifestações contam com o apoio de movimentos de oposição ao Planalto, como a Frente Brasil Popular e Povo Sem Medo. No final de março, movimentos de esquerda já haviam ido às ruas contra as reformas em todo o país, em atos que tiveram grande adesão, e que tiveram como foco as reformas e o grito de “Fora Temer”.