Governadores do Brasil Central sugerem ao menos 30% das forças armadas na fronteira
Apesar de não ser um dos temas pautados para o encontro, os governadores do Brasil Central defenderam nesta sexta-feira (04) que ao menos 30% das forças armadas sejam empenhadas em realizar o monitoramento da fronteira. O encontro aconteceu em Campo Grande, Mato Grosso do Sul.
Para Reinaldo Azambuja (PSDB), o pedido dos governadores reforça conversa que aconteceu nesta semana em Brasília com o presidente Michel Temer. “Unificar os serviços de inteligência fortaleceria a segurança”, disse o governador.
Presidente do Fórum, o governador de Goiás Marconi Perillo pontuou que é uma estratégia dos governadores para aumentar a pressão sobre o governo federal para que reforcem a fronteira, contendo o tráfico de drogas e armas.
“Já temos uma política de pacto integrador de segurança pública, mas precisamos mudar o conceito e gasto com a segurança. Uma mudança efetiva seria disponibilizar percentual como saúde e educação já têm”.
Nesta semana, o governador Reinaldo Azambuja disse que uma comissão formada por integrantes dos ministérios da Justiça e Segurança Pública e da Defesa virão a Mato Grosso do Sul nos próximos dias para estudar o envio das forças armadas. A vinda da comissão foi definida em uma audiência de Azambuja com o presidente Michel Temer, na segunda-feira (31).
“Mais uma vez, o presidente Michel se mostrou sensível à situação de abandono das nossas fronteiras, que estão escancaradas. Ele disse que vai mandar uma equipe para Mato Grosso do Sul para avaliar a situação e discutir um plano de ação das Forças Armadas em nosso Estado”, disse Reinaldo Azambuja.
De acordo com a assessoria de imprensa, Azambuja entregou a Temer e aos ministros Aloysio Nunes (Relações Exteriores), Antonio Imbassahy (Secretaria de Governo), Torquato Jardim (Justiça e Segurança Pública) e Sérgio Etchegoyen (Gabinete de Segurança Institucional) o documento “Importância dos Investimentos em Segurança Pública nas Fronteiras do Brasil com o Paraguai e a Bolívia”. Ele mostra em dados estatísticos a fragilidade da segurança nas fronteiras e reforça o pedido do envio das tropas federais a Mato Grosso do Sul.