Ex-deputado foi preso pela terceira vez durante a operação que começou em julho
O ex-deputado federal e ex-secretário de Estado de Obras, Edson Giroto, e o cunhado dele, Flávio Henrique Garcia Scrocchio, presos na manhã de ontem (7) na terceira fase da Operação Lama Asfáltica, dividem a cela 17 do Centro de Triagem de Campo Grande com Carlos Alberto Zeolla, procurador aposentado suspeito de estuprar um adolescente e duas crianças.
No local, de acordo com o diretor-presidente da Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário), Ailton Stropa Garcia, estão outras 21 pessoas. Com a chegada de Giroto e Scrocchio, a única unidade do complexo penal da capital com condições de abrigar presos com direito à cela especial atingiu a sua capacidade máxima, de 24 pessoas.
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A cela 17 tem 12 beliches, dois banheiros e um solário – corredor sem cobertura, com grades na parte superior. Presos ali têm direito a dois banhos de sol por dia, com duração de duas horas cada.
Também já passaram pelo local João Amorim (dono da Proteco Construções) e Wilson Roberto Mariano de Oliveira, o Beto Mariano (servidor da Agência Estadual de Empreendimentos e ex-prefeito), presos na segunda fase da Lama Asfáltica, em maio.
Giroto também já povoou, de maio a junho, a cela que se tornou “endereço” de “encarcerados famosos”.
Transferência – O ex-deputado e Scrocchio ficaram até as 15h30 em uma sala na sede da Polícia Federal, que buscava vaga no Centro de Triagem ou em delegacias para abrigar os dois presos.
No momento da transferência, a viatura da PF saiu em alta velocidade e desviou o caminho para evitar a imprensa.
Defesa – O advogado dos dois presos, Valeriano Fontoura, também seguiu para o Complexo Penal, onde tentará conversar com os clientes. Ele disse, ao sair da PF, que não havia ainda conseguido ter acesso ao inquérito da terceira fase da Lama Asfáltica, nomeada de Aviões da Lama, mas que já havia pedido autorização.
Fontoura afirmou ainda que ficou surpreso com a prisão dos clientes e alega que, até onde tem informações, “não há fatos novos” que justifiquem a volta deles para um presídio. “Ainda aguardo o acesso ao inquérito para tomar as providências judiciais”.
Giroto já foi alvo das duas primeiras fases e teve a prisão preventiva decretada nas ocasiões. Na manhã de hoje, ele foi preso no Residencial Damha, e o cunhado foi apresentado pelo advogado à polícia.
João Amorim também teve a prisão decretada novamente, mas não foi encontrado pela manhã e foi considerado foragido pela PF. Contudo, a defesa dele informou que o empresário vai se apresentar ainda na tarde desta quinta-feira (7).(CGNews)
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