Gasolina ficou R$ 0,18 mais cara em MS e região Centro-Oeste tem 2º menor preço do País

Nos últimos sete dias o preço do litro da gasolina comum ficou R$ 0,18 mais caro em Mato Grosso do Sul, realidade que já era esperada após a volta da cobrança de impostos federais em cima do produto. No Estado, o valor médio identificado foi de R$ 5,23, contra R$ 5,05 apontado na semana passada.

Conforme levantamento da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis), que pesquisou valores em 43 postos de combustíveis, o preço mínimo encontrado no Estado foi de R$ 4,89 e o máximo chegou a R$ 6,40.

Em Campo Grande, o preço médio foi de R$ 5,13, mínimo R$ 4,89 e máximo R$ 5,39. Assim como a nível estadual, a Capital também apresenta tendência de aumento no valor por litro da gasolina. Há uma semana o preço médio analisado pela ANP era de R$5,05, mínimo de R$ 4,75 e máximo R$ 5,44.

Apesar do aumento de valores, a região Centro-Oeste tem a segunda gasolina mais barata do País, com preço médio de R$ 5,46, ficando atrás apenas do sudeste, que tem o litro por R$ 5,44.

Na manhã desta segunda-feira (13), o Jornal Midiamax percorreu alguns postos de combustíveis da Capital para pesquisar os valores praticados. (Confira a reportagem clicando aqui)

Gás de cozinha

Em Campo Grande, o preço médio do botijão de gás também apresenta notada elevação de preço, que chegou a mais de R$ 1 nos últimos sete dias.

Atualmente, o botijão de 13 quilos é vendido em média a R$ 107,51. O valor mínimo encontrado foi de R$ 95 e o máximo R$ 128. Na semana passada, o valor médio era R$ 106,10, com preço mais barato a R$ 89 e mais caro R$ 128

ICMS da gasolina

Em meio a volta da cobrança dos tributos federais, Mato Grosso do Sul pode ter ainda mais aumento no preço do combustível. Isso porque o Governo do Estado discute com outras unidades da federação a volta da cobrança do ICMS sobre o combustível.

Ainda não se sabe para quanto o governo de MS pode reajustar o valor, a partir do fim dos efeitos da limitação do ICMS. No entanto, estudo do Comsefaz (Comitê Nacional dos Secretários de Fazenda dos Estados e do Distrito Federal) aponta que deveria ficar em pelo menos 20,7% para evitar perdas ao Estado.

O aumento da alíquota seria suficiente para repor perdas estimadas em R$ 1,2 bilhão que o Estado teria em 2023 com a redução do imposto adotada em junho do ano passado.

Já para o bolso do consumidor, o preço da gasolina poderá saltar R$ 0,69, o que significaria uma elevação do preço médio por litro dos atuais R$ 5,79 para R$ 6,49.

R$ 237 milhões para compensar

Na semana passada, o governador Eduardo Riedel (PSDB) informou que Mato Grosso do Sul deve receber cerca de R$ 237 milhões para cobrir perdas causadas pela redução do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) sobre combustíveis. O acordo começou a ser costurado após reunião do Fórum dos Governadores, realizada na última semana.

De acordo com Riedel, os governadores decidiram o valor na manhã da quinta-feira (9), mas o acordo ainda deve ser enviado ao Governo Federal. Apesar disso, a expectativa é de que o pedido seja homologado. (Midiamax)