Alimentar-se está muito mais caro. Não só pela alta dos preços dos alimentos, mas também pelo encarecimento do gás de cozinha. Em um ano, o valor do produto teve alta média de 13,18% em Mato Grosso do Sul, cinco vezes mais que a inflação acumulada no mesmo período. Atualmente, o gás chega a custar R$ 90 no Estado.
Conforme números da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis), o valor médio atual do gás de cozinha é de R$ 73,46. Na comparação com a média de novembro de 2016 (R$ 64,90), a diferença é de 13,18%. Em termos absolutos, são R$ 8,56 a mais.
Esse acréscimo torna o avanço do custo do gás da cozinha cinco vezes superior à inflação geral, conforme medida pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Em 12 meses, a inflação, acumulada em Campo Grande, é de 2,6%.
Ainda conforme o IPCA, a alta do gás de cozinha, apenas em outubro, foi de 3,62%, o que impulsionou a inflação da habitação, com índice de 1,7%, o maior entre os grupos inflacionários, considerados na pesquisa.
Na semana passada, a Petrobras reajustou o preço do gás de cozinha em 4,5% às distribuidoras com repasse estimado de 2% ao consumidor final. O aumento vigora no dia 5.
“O reajuste foi causado principalmente pela alta das cotações do produto nos mercados internacionais, influenciada pela conjuntura externa e pela proximidade do inverno no Hemisfério Norte”, justificou a Petrobras. “A variação do câmbio também contribuiu”, acrescenta.
Fonte: Campo Grandenews