Vítima não tinha registro no sistema de identificação de MS e do Paraguai e deve ser enterrado como indigente
O homem encontrado morto nesta segunda-feira (24) em Ponta Porã, a 323 km de Campo Grande, não possuía registro nos sistemas de identificação de Mato Grosso do Sul e do Paraguai e a hipótese é de que seja de outro estado.
Com a guerra entre facções nacionais na fronteira, principalmente PCC (Primeiro Comando da Capital) e Comando Vermelho, é grande o número de pessoas de outros estados brasileiros presentes na Linha Internacional, o que aumenta a chance de o homem ser de outra região do país.
Policiais de Ponta Porã fizeram a coleta de impressões digitais, mas não encontraram registro no banco de dados do Estado. Uma equipe do setor de criminalística da Polícia Nacional do Paraguai também foi chamada para recolher as impressões digitais do homem, mas não há registro dele no país vizinho.
O corpo foi encaminhado para o IML (Instituto Médico Legal) e se não for identificado nos próximos dias será enterrado como indigente.
De acordo com o boletim de ocorrência, o homem, com idade entre 35 e 40 anos, em torno de 90 quilos, usava camiseta e calça preta e tênis marrom. Ele foi morto com pelo menos 20 tiros no peito e na cabeça.
A principal suspeita da polícia é de que a morte tenha ocorrido em outro local e o corpo jogado em uma rua de terra nos fundos do aeroporto de Ponta Porã.
O corpo foi encontrado por moradores que utilizam o trajeto entre os bairros Andreazza e Jardim aeroporto, a dois mil metros do território paraguaio. A possibilidade de execução em outro local é reforçada pelo fato de que moradores próximos não relataram terem ouvido tiros. O corpo estava enrolado em uma lona amarela. CGNEWS