Dois sistemas inaugurados nesta segunda-feira, dia 16 de dezembro, vão apoiar o combate ao crime na fronteira do Brasil com o Paraguai.
Um dos sistemas é o Centro Integrado de Operações de Fronteira. O centro fica numa sala de comando que vai reunir as polícias estaduais e federais, Forças Armadas, órgãos de inteligência e a Receita Federal. O foco é combater principalmente o crime organizado, a lavagem de dinheiro, o tráfico de drogas e armas.
A iniciativa teve como referência o modelo norte-americano de integração de inteligência, que passou a funcionar depois dos atentados de 11 de setembro de 2001. O outro sistema que irá reforçar a segurança da fronteira entre Brasil e Paraguai é o da Receita Federal, que também foi lançado nesta segunda e vai ajudar na fiscalização de cem mil pessoas e 40 mil carros que passam, em média, todos os dias pela fronteira entre Brasil e Paraguai.
O sistema, que usa câmeras de alta resolução, digitaliza o rosto de cada pessoa que passa pelo local. Os computadores cruzam a imagem com um banco de dados. No computador estão, por exemplo, retratos de traficantes e contrabandistas.
“Eu consigo dificultar o contrabando, o descaminho e o tráfico de armas e drogas. Melhora a competitividade da indústria e do comércio local, e menos problemas terão as famílias com armas e drogas”, informou Décio Rui Pialarissi, subsecretário-geral da Receita Federal.
O sistema é uma iniciativa da Receita Federal, subordinada ao Ministério da Economia. O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, esteve em Foz do Iguaçu para participar dos lançamentos.
“Enquanto pela manhã falávamos da integração, que é sempre necessária, aqui é a tecnologia sempre a serviço do controle das fronteiras. Câmeras, informação, reconhecimento facial, processamento de inteligência”, destacou.
Na Ponte da Amizade, 70 câmeras estão sendo instaladas; 30 já estão funcionando. Num teste, um dos técnicos responsáveis pelo sistema fez o papel de uma pessoa procurada pela Justiça. Mesmo usando óculos escuros, ele foi identificado pelo equipamento.
Além do reconhecimento facial, o sistema analisa placas de veículos e faz a contagem deles. A promessa é identificar, na hora, carros furtados ou roubados.