Grupos pedem a realização do Censo em 2024 para mudar a redistribuição de recursos aos estados
Fronteira com Corumbá está fechada (Foto: Diário Corumbaense)
A fronteira de Corumbá com a Bolívia segue fechada desde sábado (22), devido aos protestos que ocorrem no país vizinho pela realização do Censo Demográfico em 2023. Há uma greve por tempo indeterminado na Bolívia e impasses entre Governo e manifestantes.
No sábado (22) um servidor municipal de Puerto Quijarro, cidade que faz fronteira com Corumbá, foi morto em confronto. No dia seguinte, três pessoas foram presas por suposta ligação com o crime.
Nesta segunda-feira (24), após a reunião da Comissão Interinstitucional, o líder cívico Rómulo Calvo anunciou que rejeitaria a proposta do Governo de alterar o decreto 4760 e que a data do recenseamento foi definida por tabelas técnicas. As informações são do portal El Deber, que acompanha a situação na Bolívia.
Polícia reforça segurança
Desde julho há protestos na Bolívia para a realização do Censo em 2023, com fechamento da fronteira com o Brasil como consequência. No sábado (22), o 6º Batalhão da Polícia Militar deixou guarnições de prontidão do lado de Corumbá e PMs permanecem na fronteira.
Após os confrontos, a Polícia decidiu enviar um contingente para a área de fronteira com o Brasil, em Corumbá. Segundo o site Diário Corumbaense, no entanto, todo o contingente policial não ficará em Puerto Quijarro.
Em torno de 40 policiais ficarão em Roboré e estarão prontos para atender quando solicitados. O restante vai para Arroyo Concepción e Puerto Quijarro.
Disputa por realização do Censo
Lideranças do Paro Cívico, pedem para que o levantamento seja realizado o quanto antes, pois o Estado de Santa Cruz de La Sierra e outros departamentos são os mais prejudicados na distribuição de recursos públicos e representatividade política, já que o último foi realizado em 2012.
Os conflitos fazem parte de atos classificados como “medidas extremas” para pressionar o governo de Luis Arce a realizar o Censo Demográfico em 2023 e não em 2024. O Censo disponibilizará novos dados populacionais “em tempo hábil”, sendo possível novo pacto fiscal antes do próximo período eleitoral.
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