Foragidos da Lama Asfáltica apresentam-se à Polícia Federal na Capital

MÁQUINAS DE LAMA
Foragidos da Lama Asfáltica apresentam-se à Polícia Federal na Capital
Sob condução coercitiva, Mauro Cavalli e Rudel Sanches prestaram depoimento na sexta-feira.

Dois dos foragidos da Operação Lama Asfáltica apresentaram-se ontem na sede da Polícia Federal, em Campo Grande. O pecuarista Mauro Cavalli, que trabalhou na Secretaria Estadual de Meio Ambiente, e Rudel Sanches Silva, proprietário da Mega Aval Editoria e contador das empresas de Mirched Jafar Junior, também suspeito de envolvimento no esquema de lavagem de dinheiro e pagamento de propina.

Conforme as investigações, Cavalli seria o pricipal laranja do ex-governador do Estado André Puccinelli, adquirindo fazendas,com pagamentos em dinheiro e sem que houvesse comprovação de renda que justificasse a transação milionária. Sanches estaria envolvendo nas transações, igualmente milionárias, da Gráfica Alvorado, um dos centros de corrução do esquema.

De acordo com a Polícia Federal, Cavalli e Sanches prestaram depoimento na sexta-feira. Ainda está foragido Jodascil da Silva Lopes, ex-funcionário da Secretaria Estadual de Educação. Contra ele, há mandado de prisão expedido pela Justiça Federal, na quarta fase da operação, denominada Máquinas de Lama.

LAMA ASFÁLTICA

Polícia Federal, Controladoria Geral da União e Receita Federal deflagraram, na quinta-feira (11), a quarta fase da Operação Lama Asfáltica – Máquinas de Lama.

Objetivo da ação policial era desarticular organização criminosa que desviou recursos públicos com direcionamento de licitações, superfaturamento de obras, aquisição falsas ou ilícita de produtos e corrupção de servidores. A estimativa é de que o prejuízo causado aos cofres públicos seja de aproximadamente R$ 150 milhões.

Esta nova fase da investigação resulta da análise dos materiais apreendidos em fases anteriores. De acordo com a polícia, são evidentes as provas de desvios e superfaturamentos em obras públicas, com o direcionamento de licitações e o uso de documentos falsos que justificavam a continuidade e o aditamento de contratos, com a conivência de servidores públicos.
CORREIO DO ESTADO