A alta do dólar frente ao real também vinha de movimentos de correção, após as recentes quedas.
O dólar operava em alta nesta sexta-feira, em sintonia com o desempenho da moeda norte-americana no exterior e devolvendo parte do forte recuo visto recentemente, em movimento de ajuste.
Às 11:18, o dólar avançava 0,76 por cento, a 3,1627 reais na venda, após acumular perda de 2,14 por cento nas três sessões anteriores.
Na mínima do dia, o dólar chegou a 3,1430 reais e a 3,1640 reais na máxima. O dólar futuro subia cerca de 0,5 por cento.
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“Estamos sob efeito lá de fora”, comentou o gerente de câmbio da corretora Fair, Mário Battistel, acrescentando que o cenário político brasileiro mais tenso também ajudava a manter a cautela dos investidores antes do fim de semana.
No exterior, o dólar subia frente a diversas moedas, inclusive de países emergentes, como os pesos mexicano e chileno. A pressão vinha após o Banco Central Europeu (BCE) informar, na véspera, que não houve discussão sobre acabar ou estender seu programa de ativos.
A alta do dólar frente ao real também vinha de movimentos de correção, após as recentes quedas. Neste mês, até a véspera, a desvalorização chegou a 3,47 por cento, em parte pela expectativa de ingresso de fluxo com a regularização de recursos de brasileiros no exterior.
“Nada impede que volte a ter entrada firme nesta sessão e a moeda novamente se descole do comportamento visto no exterior e caia”, comentou um operador do mercado de câmbio.
Na quarta-feira, a Receita informou já ter recebido cerca de 18,6 bilhões de reais em impostos e multas, com cerca de 9,2 mil declarações. Segundo o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, o total de arrecadação com o programa de regularização deve chegar a 80 bilhões de reais.
O Banco Central vendeu nesta manhã todo o lote de 5 mil contratos de swap cambial reverso, equivalente à compra futura de dólares.
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