Agepen nega situação e amplia testagem em presos para evitar proliferação da doença em presídios
Familiares de internas do Instituto Penal Feminino Irmã “Irma Zorzi” procuraram a reportagem do Jornal Midiamax para denunciar que havia várias presas com sintomas de Covid-19, causada pelo coronavírus, e que elas não estariam sendo submetidas a teste para diagnosticar a doença.
Em nota, a assessoria da Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário) informou que a unidade possui setor próprio de saúde, que realiza atendimento diário às internas.
Ainda conforme a Agepen, havia dois casos suspeitos no estabelecimento, mas foram descartados. Por fim, a nota informa que a direção do instituto separou uma cela para internas que chegam na unidade para o isolamento preventivo por oito dias antes de entrarem em contato com as demais presas.LEIA TAMBÉM:
O sistema prisional em Mato Grosso do Sul já registrou 116 casos de infectados pelo coronavírus, entre servidores e internos.
Medidas de contingência
Foi anunciada nesta quarta-feira (22), a ampliação da estratégia de testagem molecular em detentos e servidores penitenciários.
Até o momento estavam sendo realizados apenas os testes rápidos, coletados por meio do sangue, o qual detecta o vírus a partir do oitavo dia de sintomas, além da triagem dos ingressos dos novos internos. Então, a partir de agora, serão ampliadas as estratégias de testagem, para o teste mais sensível – molecular.
Assim, para o secretário estadual de saúde, Geraldo Resende, a medida ajudará a evitar a disseminação do coronavírus nos presídios. “O objetivo da ampliação da testagem e as ações de isolamento é identificar precocemente os sintomáticos, testar em massa a população exposta, conseguir isolar os casos positivos dos demais internos para evitar a propagação do surto”, declarou.
O projeto começará com as coletas swab para testagem no Instituto Penal de Campo Grande.