Facebook remove perfis ligados a empresa acusada de pagar elogios ao PT

Rede social não quis divulgar os nomes das páginas e dos perfis removidos
FOLHAPRESS

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O Facebook informou, nesta sexta-feira (28), que removeu 11 páginas e 42 perfis administrados pela empresa de marketing digital Follow Análises Estratégicas, ligada ao deputado federal Miguel Corrêa (PT-MG). A Follow contratou a empresa Lajoy, que agenciou influenciadores digitais que disseram, em agosto de 2018, ser pagos para falar bem de candidatos do PT no Twitter.

“Removemos 11 páginas e 42 perfis diretamente associados com a atividade da Follow por violarem as nossas políticas de autenticidade. Embora neste momento nós não estejamos agindo contra as pessoas que podem ter sido contratadas por esta empresa, nós estamos tomando medidas para remover o conteúdo associado à Follow”, diz a nota do Facebook.

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A rede social não quis divulgar os nomes das páginas e dos perfis removidos. Informou que parte deles eram falsos. Em julho de 2018, em ação semelhante, o Facebook removeu uma rede de 196 páginas e 87 perfis falsos ligados ao MBL (Movimento Brasil Livre).

Miguel Corrêa disse que tomou conhecimento da remoção de um único perfil na rede social, mas não confirmou de quem era.

Sobre as acusações de que as empresas do deputado teriam pago pessoas para promover conteúdo favorável ao seu partido nas redes sociais, o deputado disse que “nunca houve um contrato com uma única pessoa com esse objetivo.” “Eu desafio qualquer um a provar isso com um único depósito relativo a minhas empresas.”

Candidato ao Senado em Minas Gerais, Miguel Corrêa não respondeu se sabia a razão pela qual páginas e perfis ligados a ele e a sua empresa foram removidos do Facebook. Ele disse que entrará na Justiça “contra qualquer um que cercear os meus direitos ou me fazer acusações falsas.”

O caso que ficou conhecido como “mensalinho do Twitter” veio a público no fim de agosto, quando a jornalista Paula Holanda escreveu no Twitter que foi contratada pela agência Lajoy para promover conteúdos de esquerda, mas se recusou a falar bem do governador Wellington Dias (PT-PI), candidato à reeleição.

Os tuítes não informavam que eram pagos, nem exibiam qualquer informação sobre a empresa ou político que os contratou. A prática é proibida pela legislação eleitoral.

A acusação de Holanda chegou a ser investigado pelo Ministério Público Federal do Piauí, a pedido da coligação “Piauí de verdade” do PSDB, DEM e PSB, em representação contra a campanha do governador Wellington Dias. A investigação não foi adiante pois não foram achadas provas de que o governador teve alguma responsabilidade na ação de marketing. Com informações da Folhapress.