As exportações de soja subiram 98% em Mato Grosso do Sul no primeiro trimestre deste ano, somando 748,5 mil toneladas contra 378,4 mil toneladas registradas no mesmo período do ano anterior.
As informações são da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) e foram analisadas pelo Departamento Econômico da Federação da Agricultura e Pecuária de MS (Sistema Famasul). A receita das exportações da oleaginosa alcançou, no período analisado, US$ 374 milhões, com alta de 82% em comparação ao faturamento de 2013, de US$ 206 milhões. “A China foi o principal comprador da soja sul-mato-grossense, com participação de 89,7% do total comercializado, ou seja, 671,6 mil toneladas, o equivalente a US$ 335,5 milhões”, destaca Adriana Mascarenhas, gerente econômica do Sistema Famasul.
De acordo com Adriana, os números refletem o cenário positivo do setor. “A soja brasileira tem boa aceitação no mercado internacional e a tendência é de novas altas a curto prazo, ainda mais com os EUA apresentando estoques baixos, como foi apontado no último relatório do Departamento Econômico dos Estados Unidos”, avalia Adriana.
A situação dos Estados Unidos abre duas janelas de oportunidade para o mercado brasileiro. “Essa redução nos estoques americanos, abre uma possibilidade de incremento nas compras de soja do Brasil e também possibilita que a soja brasileira chegue a mercados que tradicionalmente importam dos EUA”.
Conforme o último relatório do Departamento Econômico dos Estados Unidos (USDA), a produção americana referente a safra 2013/14 deve totalizar 89,5 milhões de toneladas. No último relatório, o órgão americano reduziu a projeção da produção brasileira de 88,5 para 87,5 milhões de toneladas. Na avaliação da economista, essa redução também é fundamento para projeções de novas altas do setor. “Isto significa menor disponibilidade de oferta da soja brasileira tanto no mercado interno, como no mercado externo”.
De acordo com o presidente da Associação dos Produtores de Soja de MS (Aprosoja/MS), Mauricio Saito, Mato Grosso do Sul é um exemplo do potencial representado pela agricultura. “Registramos mais uma colheita recorde de 6,05 milhões de toneladas mesmo enfrentando condições climáticas adversas, tanto no plantio como na colheita”, afirma Saito, lembrando que até o momento 65% da soja sul-mato-grossense já foi comercializada.
Assessoria de Imprensa da Famasul