Estudos apontam quantidade de exercício ideal para a saúde do cérebro e evitar o Alzheimer
O cérebro tem ligação direta com uma vida ativa ou sedentária e isto nos faz pensar seriamente no como agir por toda a vida, seja jovem ou idoso. O doutor Richard S. Isaacson, diretor-médico da Clínica de Prevenção de Alzheimer (Weill Cornell Medicine e NY-Presbyterian) começou a estudar quando começar, qual a dose ideal e outras questões. Ou seja, se for para prevenir a demência mais temida e comum, o mal de Alzheimer, devemos fazer muito mais exercício físico?
A revisão de várias pesquisas médicas, mostraram que 52 horas foi a dose ideal de exercício que foi associado ao desempenho cognitivo melhorado, durante um período de 06 meses. Agora, quando você olha com detalhes críticos os números, foram cerca de 02 horas de exercício físico por semana. Isso incluiu uma mistura de diferentes modalidades de exercício, desde exercícios aeróbicos como caminhar, correr, nadar e pedalar até treinamento de fortalecimento muscular e de outros.
O exercício físico ou esporte escolhido teve um impacto positivo na saúde do cérebro, e pode-se dizer que pela primeira vez, começa-se a descobrir uma resposta clara relacionada à dose dessa atividade física. Era esperado que muito exercício poderia não ser apropriado, assim pacientes participaram de modo aleatório (ou ao acaso), de uma grande pesquisa médica chamada DAPA, e que foi realizada no Reino Unido, envolveu apenas pessoas com demência leve a moderada. E a surpresa foi a de que os pacientes, que por acaso, iam para um regime de exercícios ativos não tiveram nenhum benefício e, pior na verdade, tiveram um ligeiro agravamento cognitivo.
Ficaram boas perguntas para ser respondidas. Qual é a dose suficiente de exercícios e quando deve ser iniciada? O exercício físico é mais bem usado para prevenção inicial, mais do que quando alguém já tem demência? E essa atitude de estimulo para ser ativo, poderia mesmo levar a piora clínica demencial?
O autor como a maioria dos médicos, entende que mais pesquisas nesse sentido são definitivamente necessárias, mas o ponto de partida é que talvez uma abordagem única para a prescrições de exercícios não seja a ideal.
Os programas devem ser individualizados, os obesos precisam reduzir a gordura corporal e a gordura visceral, para melhorar o metabolismo geral. Quando o tamanho do abdome aumenta, o centro de memória no cérebro fica menor. Para esses casos o HIIT (Treinamento Intervalado de Alta Intensidade) e mostrou muito efetivo, depois de detalhada avaliação médica para evitar sopresas cardiovasculares comuns de um obeso.
Uma constatação importante foi demonstrada, se uma pessoa não tiver massa muscular adequada e está participando de um programa de exercícios aeróbicos ativos e nenhum treinamento de fortalecimento muscular, a perda de massa muscular tem sido associada a resultados de benefícios cerebrais mais fracos.
Um programa de exercícios individualizado, duas a três vezes por semana de treinamento aeróbico e uma ou duas vezes por semana de exercícios com pesos e resistidos é a recomendação importante. Várias pesquisas demonstram que talvez o exercício deva se concentrar na redução da gordura corporal nas mulheres, mas ganho de força muscular nos homens.
Todos nós médicos e profissionais da saúde começamos a antever em relação ao cérebro que precisamos olhar a dose de exercício, tipo e duração para que haja a redução do risco e melhor prevenção da demência e do mal de Alzheimer.