Ao pesquisar a profissão, o termo é colocado como definição na caixa de significados de palavras
Foi protocolada, na terça-feira (22), uma ação que obriga o Google a retirar do site a definição do termo professora como “prostituta com quem adolescentes se iniciam na vida sexual”. Quem entrou com o processo são professores e alunos do 10º período do curso de Direito da Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC Goiás).
Em entrevista ao Extra, os professores e estudantes disseram que o termo é ofensivo. “Ofende a honra profissional das mulheres que exercem o cargo de magistério no Brasil”.
Ao fazer a pesquisa textual pelo termo feminino, no site de buscas Google, o resultado que aparece em segundo lugar tem conotação sexual. Caso o termo digitado esteja no masculino, ou seja, professor, a segunda resposta se refere a “aquele que ensina, que ministra aulas em escolas, colégios e universidades”.
“É certo que todas as mulheres, que exercem esta profissão, ao se depararem com a referida definição acessível na internet, sofreram mesmo que indiretamente as consequências de sua disseminação. Foi de extremo teor pejorativo, discriminar a profissão docente feminina, como sendo esta voltada a ‘iniciar’ a vida sexual de seus discentes, deste modo, torna-se claro que não foi respeitado o direito a todo cidadão de ter sua dignidade e imagem preservada, uma vez que tais profissionais são agora, vítimas de comentários maldosos de sua própria profissão”, escreveram em trecho da ação.
Em nota a assessoria de imprensa da Google afirmou que as definições de palavras nas buscas não são de responsabilidade da empresa. Segundo o grande site de pesquisas, eles não conseguem manter um controle editorial sobre as definições.
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