Esquema que motivou operação do Gaeco é mantido pelo Detran
Master Case, outra empresa alvo da Antivírus, assumiu terceirização
No mesmo dia em que foi alvo de mandado de busca e apreensão cumprido por policiais do Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco), a Master Case Digital Business garantiu contrato de R$ 6,04 milhões, válido por um ano, com o Departamento Estadual de Trânsito (Detran-MS).
A empresa vai fazer o mesmo serviço que a Pirâmide Informática fez por seis meses até março último, e que o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público Estadual, considera desnecessário, porque tem de ser validado por servidores.
A finalidade do contrato tem um nome complexo: “implantação, manutenção e operacionalização de sistema computacional integrado ao do Detran, para a guarda e recuperação de contratos de financiamento de alienação fiduciária, arrendamento mercantil, reserva de domínio ou penhor com serviços de conferência de contratos, provendo interoperabilidade e operação segura”.
Em depoimento ao Gaeco, porém, um dos sócios da Pirâmide, José do Patrocínio (que também foi preso na última terça-feira) resumiu o que os funcionários de empresa faziam na autarquia: “O serviço era receber, em formato PDF, as informações de financiamento bancário, conferir com a informação do Detran e encaminhar ao órgão para revalidação, que era feita por servidores”.
Para fazer este trabalho tão simples para um nome tão complexo, a Pirâmide recebeu entre setembro do ano passado e março deste ano, R$ 4,9 milhões.
Negócio lucrativo, pois a execução do serviço era feita por aproximadamente nove funcionários que ganhavam R$ 1,5 mil reais cada um. A compra dos móveis e dos computados para sala da empresa instalada na unidade do Detran no Shopping Pátio Central, custou em torno de R$ 100 mil à empresa.
Fonte: Correio do Estado