A Embrapa Pantanal emitiu o primeiro alerta de nível do rio Paraguai e chuvas acima da média em Mato Grosso do Sul o que pode influenciar em cheias em Ladário, Bela Vista, Porto Murtinho e Forte Coimbra. Segundo previsões, a tendência é de que, na Bacia do alto Paraguai-Pantanal, as chuvas diminuam ou mesmo parem até dia 24 de janeiro, recomeçando na semana seguinte.
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Conforme o alerta, no Estado, fenômenos meteorológicos conhecidos desde muito tempo pelos climatologistas como a Zona de Convergência Intertropical, os ventos alísios que trazem a chuva para a Amazônia, a Zona de Convergência do Atlântico Sul, as frentes frias vindas do sul da América do Sul, além das zonas de alta e baixa pressão que provocam bloqueios ou favorecem a ocorrência de chuvas, tem a sua contribuição nas chuvas da região sul.
Além de todas essas variáveis, o Estado está sob a influência do “El Niño”, outro fenômeno meteorológico que é o aumento da temperatura das águas do Oceano Pacífico na linha do equador e que influencia nas chuvas da América do Sul e Brasil.
A Embrapa Pantanal alerta as comunidades de ribeirinhos e aos pecuaristas da planície pantaneira que tomem as devidas providências para proteger a si mesmos, suas famílias, bens materiais e rebanho. (Foto: Fernando Antunes)
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O “El Niño” pode provocar mais chuvas para a região da BAP (Bacia do alto Paraguai). A previsão do CEMTEC/MS é de muita chuva para todo Mato Grosso do Sul, em função da influência do El Niño.
Está previsto, então, chuvas acima da normal climatológica para toda a região ao longo do rio Paraguai, no Pantanal e também para as demais regiões do Pantanal de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.
Nas primeiras duas semanas de janeiro ocorreram chuvas intensas e persistentes nas bacias dos rios Taquari, Negro, Taboco, Aquidauana e Miranda.
A Embrapa Pantanal alerta as comunidades de ribeirinhos e aos pecuaristas da planície pantaneira sob a influência desses rios que tomem as devidas providências para proteger a si mesmos, suas famílias, bens materiais e rebanho.
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É preciso ficar alerta não apenas para o risco de inundação na sua propriedade, mas também para o risco de isolamento em áreas no caminho para entrada e saída em caso de socorro e busca de refúgio para o gado.
Nas áreas de Pantanal próximo à margem esquerda do rio Paraguai, no baixo curso dos rios Miranda e Abobral e no trecho da Estrada Parque entre o rio Paraguai, Curva do Leque e Buraco das Piranhas, o alerta é para o risco de alagamentos e problemas com as pontes sobre vazantes.
O rio Taquari somado as águas drenadas na planície pantaneira, por corixos e vazantes, podem ser a explicação do rápido aumento do nível do rio Paraguai nas estações fluviométricas de Ladário, Porto Esperança e Forte Coimbra.
As chuvas intensas no sul do estado sobre a bacia do rio Apa e outros rios menores como rio Aquidabã, podem explicar ao menos em parte, a rápida subida do rio Paraguai em Porto Murtinho.
O rio Paraguai e o rio Cuiabá/São Lourenço, começaram sua fase de subida abaixo ou em torno da cota de permanência de 50% nas estações do Pantanal, o que pode ser um atenuante no alcance de seu nível máximo.
As áreas nas porções mais baixas do Pantanal, próximas do rio Paraguai foram relativamente bem drenadas antes do período de chuvas poderão atenuar as inundações causadas pela chuva local ou pelo desbordo dos rios.CGNEWS
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